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Menos que um

6 outubro, 2016 | Por Isabela Gaglianone

Catherine Keun, Dissection, gravura em metal

Joseph Brodsky  – pseudônimo de Iosif Aleksandrovich Brodsky, em russo, Ио́сиф Алекса́ндрович Бро́дский -, grande poeta e ensaísta russo, ganhador do Prêmio Nobel de literatura em 1987, foi preso na União Soviética em 1964, acusado de ser um “parasita social”; dois anos depois de deixar o “gulag”, deixou a Rússia comunista pela América e, exilado, naturalizou-se estadunidense – motivo da dissonância formada pela composição do nome pelo qual ficou conhecido.

Em sua poesia, muito celebrada nos Estados Unidos, coexistem os assuntos do tempo e do espaço, do amor e da morte; suas metáforas, segundo Carlos Leite, tradutor de Brodsky em Portugal, “geralmente não são precisas em termos visuais, mas improváveis, exageradas, implausíveis mesmo. Decorrem mais da persistência do pensamento, da dificuldade de pensar, do que do simples olhar, fotográfico ou contemplativo”.

Em seus ensaios, ele segue à risca um de seus princípios: “A biografia de um escritor está nos meandros de seu estilo”. Examinando uma vasta gama de assuntos, da esfera poética à política, da autobiografia à história cultural, os ensaios reunidos em Menos que um mostram sua poesia e sua prosa são manifestações complementares entre si de sua erudição, ironia e lirismo.

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