“A parasita azul” apareceu primeiramente em quatro partes, entre junho e setembro de 1872, no Jornal das Famílias… O conto foi quase completamente negligenciado pela crítica. A única exceção importante é um artigo de Brito Broca, “Um conto romântico”… O enredo é simples. Poderia ser descrito como uma versão da parábola do filho pródigo ou, de modo mais interessante, como uma combinação do filho pródigo e da bela adormecida… Isso não é simplesmente uma questão de o enredo ser desimportante e de a mensagem real da história estar na sátira… Aqui está o mais óbvio caso de cisão, em que a história vai numa direção e o significado em outra. A parasita, a flor oferecida à dama, é um motivo romântico, mas não pode haver dúvida de que essa parasita é mais que uma flor – obviamente é o próprio Camilo. Podemos ver por que ele é um parasita – um tipo social por quem Machado demonstrou interesse considerável…”
Os fragmentos acima foram extraídos do brilhante ensaio do professor inglês John Gledson, estudioso de Machado de Assis, publicado no Caderno de Literatura edição especial Machado de Assis. O artigo pode ser lido na íntegra através do site do IMS.
Inspirado neste ensaio, resolvi transformar em eBook este conto Machadiano: A Parasita Azul, de Machado de Assis.