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50 tons de cinza na contramão da lógica editorial

14 janeiro, 2013 | Por admin

O livro 50 tons de cinza tornou-se um marco na indústria cultural pelo modo como surgiu e percorreu seu caminho no mercado editorial. De sua origem como fanfiction na internet, tornou-se um ebook para só então vir a ser publicado em brochura e tornar-se um best-seller com desempenho épico de vendas no mundo todo. 

A primeira versão de 50 tons de cinza apareceu na internet em agosto de 2009, através do site fanfiction.net – uma comunidade de leitores que criam histórias  baseadas no enredo ou em personagens de outros livros.  A ficção era publicada em episódios e tinha como base o livro Crepúsculo, de Stephanie Meyer: os personagens principais de 50 tons de cinza recebiam, originalmente, os nomes de Edward Cullen e Bella Swan. Naquela época seu título era outro: Master of the Universe e a autora publicava sob o pseudônimo de Snowqueen’s Icedragon.

Pouco mais de um ano depois, em dezembro de 2010, a autora decidiu transferir a história para um site próprio: 50Shades.com. E. L. James já havia conquistado até então uma série de adeptos na internet. O próximo passo foi acertar, em maio de 2011, um contrato com a pequena editora australiana, The Writer’s Coffee Shop, que publicou a edição digital (ebook) dos 3 volumes da história e que oferecia impressões sob-demanda do título, onde chegou a vender aproximadamente 250 mil exemplares.

Foi então que surgiu uma proposta milionária da maior casa editorial do planeta: a norte-americana Random House. Os direitos foram adquiridos pelo selo Vintage Books para que os livros fossem relançados em abril de 2012. Foi nesta mesma época que os direitos de filmagem da trilogia iniciada em 50 tons de cinza foram comprados pela Universal Pictures. No Brasil, a trilogia 50 tons de cinza foi publicada pela Editora Intrínseca.

Aqui no Brasil o exemplo mais conhecido desta nova lógica editorial é a do livro A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr. Sua ficção foi lançada na internet pelo site Jovem Nerd e seus direitos acabaram sendo comprados pela Record, que já vendeu mais de 35 mil exemplares do livro.

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