Terminou ontem, em Águas de Lindóia, SP, o evento da UNESP sobre Formação de Professores/Educadores. Foram variadas palestras, paineis, apresentação de trabalhos, que contemplaram uma gama enorme de assuntos sobre a formação de eduacadores. Pareceu-me que no congresso, lógico, olhando de longe, e pelo títulos vendidos nos expositores presentes, que o assunto mais contemplado foi a questão do letramento. Acho importante que tenha sido este o assunto mais discutido e o tema mais procurado junto aos editores, haja vista que a educação de nossas crianças hoje está tão ruim, com crianças saindo da quarta série ou, o que é pior ainda, saindo do 2o. grau, sem saberem ler, ou se sabem ler não sabem o que lêem – os analfabetos funcionais, que hoje é o que mais encontramos nos alunos das escolas publicas, ….
Mas, ao mesmo tempo, verifico que estes mega-eventos, não contemplam, de maneira nenhuma, os professores das redes estaduais e municipais de ensino, pois são eventos caros, feitos em hoteis caros, e que apenas a “nata” do professorado tem condições de marcar presença.
Precisamos mudar isto! Fazer estes eventos para contemplar estes profissionais… buscar parcerias com o MEC, com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação para que estes profissionais possam marcar presença, poderem trocar ideias, assistirem palestras de formação que contemplem também o universo da escola pública.
Por exemplo, algum tempo atrás apareceu na mídia imperssa, na Folha de S. Paulo, pra ser mais específica, a discussão se nossas crianças deviam ser alfabetizadas na forma “silábica” ou “fônica” e depois sumiu … não foi pra frente… a academia tomou as rédeas da questão e nós aqui fora do muro, não sabemos como anda esta discussão…. e seguimos perguntando: porque nossas crianças e jovens saem da escola analfabetos funcionais?