
Na ANPOCS – Caxambu com a CosacNaify

A Fenalba, em Santos, este ano foi abaixo de todas as expectativas! O público esperado não compareceu, nem com a presença de Fernanda Young e João Gordo no domingo, no bate-papo com o público, no Café Literário. Os visitantes da feira este ano, não estavam nem um pouco interessados em comprar livros – e olha que pra ter a COSAC NAIFY e a UNESP, editoras de grande excelência presentes, oferecendo ao público 30% de desconto – e não ter compradores é preocupante. Quero crer que a data escolhida pelos organizadores é que foi a causa deste fracasso de vendas e de público, pois os paulistas desceram pra Santos e só queriam saber de praia e os santistas subiram a serra e não estavam na cidade aquele público que freqüentou a Fenalba nos últimos dois anos que estive presente com as editoras universitárias.
Este evento precisa ser repensado pro ano que vem!
Arrumando malas para o SENALE em Pelotas-RS. O evento acontecerá na Universidade Católica de Pelotas. Estarei presente com as Editoras da Unesp, Clara Luz e alguns títulos da Forense Universitária. O desconto vai ser o de sempre: 30%.
Alunos de Pelotas, aproveitem esta chance única. A Parábola Editorial também vai estar presente com desconto de 20%.
Até lá.
Nos últimos dias a educação tem sido matéria quase diária na Folha de S. Paulo, isto me parece um sinal – ainda não sei se positivo pra educação – mas um sinal importante, pois se a mídia martela todo dia sobre a qualidade de nosso ensino, alguma coisa tem que sair deste indigente ensino educacional.
Conversando com uma professora da rede pública de Osasco na sexta-feira, dia 05.10, num ponto de ônibus sobre leitura, quando ela me viu eu carregava duas sacolas cheias de livros, ela disse que adorava ler… que lia sempre. Questionada sobre o tipo de leitura que gostava, ela me disse que já tinha lido todos os livros da Zibia Gasparetto (não sei se o nome da autora está correto, eu nunca li nada sobre ela) e que também tinha lido Dan Brown – Código da Vinci – quando questionada sobre os autores nacionais, os clássicos, ela disse nunca ter lido, só alguma leitura ou outra no tempo da escola, mas não soube citar nenhum autor e nem romance dessa época. Questionada se estava indo pra Osasco dar aulas naquele horário – era por volta de meio dia e meia – ela disse que estava indo pra outro trabalho – de digitadora – que a aula era de manhã. Eu perguntei como ela conseguia trabalhar em dois lugares diferentes, sendo que pra dar aulas ela tinha que preparar aulas, corrigir lições, provas, etc. Ela disse: pois é, meu marido até briga comigo sempre, pois estas coisas eu faço apenas no final de semana!!
O lazer desta professora é ser professora nos finais de semana? Ora, ora… E estas leituras? Quando a secretária de educação do Estado de São Paulo diz que não adianta colocar mais uma professora na sala de aula, pois elas são despreparadas….talvez tenha um pouco de razão… mas como prepará-las se a ninharia que ganham têm que ser complementados em outras funções – que neste caso citado não tem nada a ver com a profissão docente?
Precisamos botar o bloco da educação nas ruas… não seremos nada se esta educação de hoje não for revista…. e não vamos pactuar com o Governo do Estado de S. Paulo, quando a Secretária da Educação quer esperar os alunos chegarem ao 2o. ano para avaliar se os mesmos aprendera a ler… o básico gente! Isto teria que ser feito assim que forem alfabetizados…
Parece que a coisa agora vai…. vejam a notícia postada no site da ABEU :
A 17ª Convenção Nacional de Livrarias, que aconteceu no Rio de Janeiro entre 10 e 12 de setembro, teve como tema principal a questão de se adotar o preço fixo para o livro no Brasil. Como esse debate já existe há cinco anos é preciso avançar. Nesse sentido formou-se um grupo de trabalho que se reunirá durante a Feira do Livro de Porto Alegre, RS para redigir uma minuta a ser entregue para Câmara dos Deputados. O grupo é formado por Vitor Tavares (ANL), Rosely Boschini (CBL), Valter Kuchenbecker (ABEU) e Valdir Silveira (CRL). Além de representantes do livro e da leitura, como Galeno Amorim e outros.
Você precisa opinar…. aguardamos Porto Alegre? Não gente… vamos nos movimentar também…
Após 4 dias de muito calor – Toledo estava muito quente e na UNIOESTE também esquentava o debate político para as eleições do dia 25 próximo, 3a. feira, para reitor, diretor de cada unidade da Unioeste e também, no caso de Toledo, diretor do Centro de Ciências Sociais e Humanas. Há uma disputa entre o candidato da Filosofia, que é o atual diretor e está pleiteando a reeleição, e o candidato das Ciências Sociais que, nestes 4 dias, circulou muito por onde eu estava, atrás de votos. Talvez por esta razão, o pessoal de Ciências Sociais estivesse tão “ausente” no Simpósito Paranaense de Ciências Sociais para o qual fui convidada para expor e comercializar os livros das editoras que trabalho – levei grande número de edições da UNESP na área de sociologia e filosofia e também alguns títulos da Editora 34, Unicamp, Ateliê e Paulistana.
O saldo da visita, em termos de vendas e em termos de marketing para as editoras, não foi bom, pois a grande maioria dos alunos, salvo algumas exceções, não se interessavam nem em folhear, olhar, perguntar, conversar, ver,… enfim, o fato de eu estar ali presente com uma bancada – eram duas mesas de tamanhos médios, cheia de livros, não significou nada para muitos deles. O saldo positivo ficou por conta do Colegiado de Filosofia que me deu toda a atenção – em especial quero agradecer ao Prof. Wilson Frezatti, que tive o imenso prazer de rever, e agradecer a todos os outros professores que se empenharam para que o Departamento ou Colegiado, como eles chamam por lá, adquirisse vários títulos das editoras que ora representava.
A questão mais importante da minha estadia em Toledo, na UNIOESTE se resume a uma constatação, muito preocupante. Vamos aos fatos: Quando me predispus a fazer a viagem para Toledo, na minha cabeça passou o seguinte: é uma universidade pública, vou encontrar estudantes interessados em adquirir conhecimento, em trocar idéias, informações sobre os títulos que estava levando e as novidades do mercado editorial, etc… No entanto a realidade que encontrei foi outra, os estudantes – reitero que houve exceções – não se interessavam, não chegavam perto dos livros, e alguns até se distanciavam… pareciam ter medo deles….
Eu tenho testemunhado este desinteresse em algumas universidades públicas – digamos periféricas – e em variadas universidades privadas que visito em eventos e a coisa tá se complicando…. Já cheguei a ouvir de alunos de 30. ano de pedagogia que não sabem, pasmem! quem foi Paulo Freire…. argh.. chega me dá arrepio…. e alunos de letras dentro de São Paulo que nunca ouviram falar de Antônio Cândido!
Quero discutir!!! Vamos gente!!!
ALÔ FERNANDO HADDAD!!!! TÁ ME OUVINDO!!!!
Em Toledo, oeste do Paraná, começou hoje o “Simpósio Paranaense de Ciências Sociais” onde vou estar presente com as Editoras Unesp e alguns títulos das editoras 34, UNICAMP e Ateliê Editorial, tudo com 30% de desconto. Vai ser na UNIOESTE com participação de várias outras universidades Paranaenses públicas e privadas. Vamos mobilizar os alunos destas universidades para participarem e prestigiarem.
O evento de Catalão, em Goiás, é de Literatura e Lingüística e a grande homenageada do evento é Clarice Lispector. Começa na próxima quarta-feira de manhã. Os descontos também serão de 30% para todos os participantes. A Isabela e o Tiago é que estarão à frente deste evento com títulos da UNESP, Clara Luz, Pontes Editores e Editora 34. Espera-se a presença de alunos das universidades das cidades vizinhas, como da UFU, da UFTM e outras.
A lei do preço único para o livro no Brasil que se discute já há bastante tempo nas reuniões da ANL parece ter tomado fôlego nos últimos dias… foi matéria de capa da Revista Panorama Editorial e foi também contemplado no editorial da Presidente da CBL.
A lei do preço único, grosso modo, é estabelecer um desconto padrão para todo o mercado editorial, livrarias, distribuidores, enfim toda a cadeia de venda de livros – pequenos, médios, grandes, como feito já em alguns países europeus e também nossa vizinha – a Argentina. Lá, por exemplo, o desconto é de 5% do preço sugerido, estabelecido desde 2002, depois que grandes magazines chegaram por lá e ofereciam até 50% do preço sugerigo. Aqui no Brasil a ANL se mobiliza para que este desconto seja no máximo 10% do preço sugerido em toda a cadeia do livro.
Mas a grande questão é a seguinte: em várias reuniões anuais da ANL a discussão do preço único surgia quando se falava dos descontos de uma feira que acontce em São Paulo em novembro, promovida pela Reitoria da USP que oferece 50% de desconto nos 3 dias do que eles chamam “Festa do Livro da USP”. Para a ANL esta feira é um verdadeiro tiro no pé das editoras que participam dela, pois os distribuidores, as livrarias, enfim toda a cadeia do livro sentem-se desmotivados de venderem livros destas editoras – a grande maioria, no começo desta “festa” eram editoras universitárias, que sentiam que os seus livros eram boicotados nas distribuidoras, livrarias, etc com a pecha de serem livros apenas para a “academia”… ou resumindo: as editoras queriam vender os livros com 50% para o público diretamente por que não se sentiam contemplados na cadeia do livro e o outro lado não se mobilizavam para atender este público das editoras universitárias por achar que as edições contemplavam apenas a “academia”… enfim… parece aquela discussão do ovo e da galinha… da bolacha tostines…. e blá… blá…
Minha opinião é que preço único no Brasil não funciona… nossa realidade social, econômica, difere sobremaneira da dos países europeus, a nossa educação difere muito também da educação do nosso vizinho… os descontos que são oferecidos ajudam e muito o já combalido mercado editorial brasileiro…
Vamos opinar gente!!!
Não bastasse saber que em São Paulo existem professores da rede municipal de ensino que não possuem curso superior – ah fundo de poço, esta nossa educação! o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, quer agora fazer um provão para os professores… e pasmem.. vai obrigar os que não têm curso superior a dar aulas apenas até a 4a. série… será que li direito??? Segundo ele, neste provão, os professores, claro não serão obrigados, pelo próximos cinco anos, que fizerem a prova, terão ascensão profissional na carreira em menos tempo. Depois dos cinco anos seria obrigatório este provão para todos. Com isto a prefeitura acredita que será mais fácil e menor oneroso detectar porque as avaliações dos alunos não estão sendo satisfatórias.
Acredito que, sabemos todos, o remédio é um só: aumentar a remuneração dos professores para que a profissão atraia um contingente de professores preparados, com justa remuneração, com dedicação integral à escola… e voltar o respeito pela profissão docente e ganhar de volta o “glamour” que antigamente os professores tinham na sociedade.
Terminou ontem, em Águas de Lindóia, SP, o evento da UNESP sobre Formação de Professores/Educadores. Foram variadas palestras, paineis, apresentação de trabalhos, que contemplaram uma gama enorme de assuntos sobre a formação de eduacadores. Pareceu-me que no congresso, lógico, olhando de longe, e pelo títulos vendidos nos expositores presentes, que o assunto mais contemplado foi a questão do letramento. Acho importante que tenha sido este o assunto mais discutido e o tema mais procurado junto aos editores, haja vista que a educação de nossas crianças hoje está tão ruim, com crianças saindo da quarta série ou, o que é pior ainda, saindo do 2o. grau, sem saberem ler, ou se sabem ler não sabem o que lêem – os analfabetos funcionais, que hoje é o que mais encontramos nos alunos das escolas publicas, ….
Mas, ao mesmo tempo, verifico que estes mega-eventos, não contemplam, de maneira nenhuma, os professores das redes estaduais e municipais de ensino, pois são eventos caros, feitos em hoteis caros, e que apenas a “nata” do professorado tem condições de marcar presença.
Precisamos mudar isto! Fazer estes eventos para contemplar estes profissionais… buscar parcerias com o MEC, com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação para que estes profissionais possam marcar presença, poderem trocar ideias, assistirem palestras de formação que contemplem também o universo da escola pública.
Por exemplo, algum tempo atrás apareceu na mídia imperssa, na Folha de S. Paulo, pra ser mais específica, a discussão se nossas crianças deviam ser alfabetizadas na forma “silábica” ou “fônica” e depois sumiu … não foi pra frente… a academia tomou as rédeas da questão e nós aqui fora do muro, não sabemos como anda esta discussão…. e seguimos perguntando: porque nossas crianças e jovens saem da escola analfabetos funcionais?
O nome da Secretária da Educação do Governo Serra é MARIA HELENA GUIMARÃES DE CASTRO. Vou tentar colher algum depoimento de algum congressista para saber o que achou da ausência da Secretária:
Numa mesa ao meu lado, perguntei aos congressistas: o que voces acharam da ausencia da secretária no evento? A resposta fou uníssona na mesa: ruim…….
Perguntei ainda: O que acham que aconteceu pra ela não vir? Aí responderam… ah não sei… também não podemos falar do que não sabemos concretamente.
A outra palestrante de hoje de manhã que também faltou e que fiquei de informar: ROSA MARIA TORRES – Diretora do Instituto Fronesis – Equador.
Cheguei ontem… muita gente… Já fiquei animada! A palestra de abertura, que seria da Secretária Estadual de Educação de São Paulo não aconteceu… ela não compareceu e avisou de ultima hora, sem tempo da organização do evento chamar outra pessoa de “peso politico” para fazer a palestra.
Mas no coquetel a professorada compareceu em massa… tinha muita gente. E de todos os lugares do Brasil, encontrei até algumas professoras que estavam no EPENN em Maceió.
A palestrante de hoje de manhã também não compareceu… que mico!! Depois dou o nome da Secretaria e desta palestrante estrangeira…
Estou num intervalinho do evento e já estou na hora de retornar pro stand da Editora Unesp. Mais a noite comento o resto das noticias deste 2o. dia de evento.
Amanhã encerra-se a Semana de Letras da Unitau em Taubaté. As editoras que estão presentes irão doar alguns livros para serem sorteados aos alunos participantes da Semana. Este ano a Universidade fez um marketing do evento melhor… apareceram muitas pessoas de fora para procurar-nos e comprar livros. Isto é bom!
Outro aspecto que chamou a atenção também é que os alunos iam na sala das editoras junto com os professores para que os mesmos indicassem os livros que iriam atendê-los melhor.
O aluno que citei ontem, da UNITAU de Taubaté, como aquele que “pinçamos” chama-se Fábio Alcântara. Acho que assim dou os créditos devidos ao Fábio.
O ano passado quando estive na UNITAU, Universidade de Taubaté, participando da Semana de Letras, confesso que não fiquei muito feliz… vendi um pouco, mas os compradores eram sempre os professores e os alunos muito pouco interessados. Claro, sempre tem um que a gente pinça que nos alegra muito. E no ano passado lá, não foi diferente. Achei um aluno muito interessado, que inclusive conhecia muito de literatura universal e, inclusive, adquiriu um exemplar do Tirant lo Blanc, da Ateliê Editorial, que é um livro pouco conhecido do público. Fiquei feliz por tê-lo encontrado.
Mas este ano no meu retorno a mesma Semana de Letras, tive uma grata surpresa ontem a noite, na cerimônia de abertura, tinha muito aluno, bastante mesmo, em todas as salas que estavam expondo os livros – além das editoras que trouxe – Unesp, Edusp, Unicamp, Lucerna, Clara Luz e outras, está presente também a Editora Centauro e a Livraria Nobel…
Eu tenho certeza que a cultura do livro, de este ano também estarmos presente, fez com que os alunos se interessassem mais pelos livros. Eles entram nas salas, folheiam, trocam ideias, perguntam… enfim, fiquei bastante feliz com isto.
Quero compartilhar com todos os amigos, e também os inimigos (por que não?) este blog que vai tratar de lançamentos de livros, notícias de editoras, eventos acadêmicos que participo levando publicações das editoras que são parceiras, com desconto de 20 a 30% (para irritação de muitos concorrentes) e outros assuntos pertinentes.
Hoje, por exemplo, estou de saída para Taubaté num evento da UNITAU – semana de letras, e estou levando as editoras UNESP, CLARA LUZ, PONTES, EDUSP, LUCERNA e PAULISTANA. O desconto será de 30% para todos os participantes (os professores terão 50% nos livros da EDUSP).
Sejam todos bem-vindos!!!