Em co-edição, a Ateliê Editorial e a Editora da Unicamp acabam de lançar Cancioneiro, de Petrarca, poema que, concluído por volta de 1370, foi, desde então, o principal modelo no Ocidente para o desenvolvimento de toda a arte poética lírica vindoura. Ainda que a tradição laureie os poemas esculturais dantescos, em Petrarca a solenidade torna-se metafísica e suas marcas calam fundo na poesia até os dias de hoje.
Com tradução de José Clemente Pozenato, o volume traz os 366 poemas, sendo 317 sonetos, 29 canções, 9 sextinas, 7 baladas e 4 madrigais. O tema em torno do qual desenvolvem-se os poemas é o amor, em vida e depois da morte de Laura. Entremeados a estes, há poemas que contextualizam ao leitor o cotidiano do poeta, com marcações como o rodar de um tear, por uma mulher velha, de manhã bem cedo.
O resgate da Antiguidade empreendido por Petrarca foi de importância fundamental para o início do Renascimento italiano. Continue lendo