Alvo de preconceito e estigma canonizados, os ciganos, porém, mantém sua marginalidade por entenderem-na como necessária para evitar a contaminação com a impureza – mahrime – daqueles que não são ciganos, para manterem seus costumes e suas tradições. A pátria dos ciganos é a sua língua –romani – e, seu lugar, é a extensão da memória dos ancestrais. A história dos ciganos é repassada pela oralidade. Em Enterrem-me de pé, estudo sociológico e histórico sensível e interessante, a jornalista Isabel Fonseca desvela um mundo escondido, a um só tempo ignorado e secreto, perseguido e oculto, resgatando a presença cigana na Europa centro-oriental – sobretudo Romênia, Albânia e Bulgária – e sua rica cultura.
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