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Profecia de um antropólogo francês (Durkheim)

21 maio, 2008 | Por admin

Emile Durkheim (1858 – 1917) é considerado um dos fundadores da antropologia fracesa, criador do famoso periódico “O ano antropológico” e das reflexões acerca da “consciência coletiva”. Em uma resenha de um livro alemão que tratava da “psicologia dos povos” e cuja tese central era a idéia de um futuro idêntico para toda a humanidade, Durkheim, em desacordo, escreveu:

“Nada nos autoriza a acreditar que os diferentes tipos de povos vão todos no mesmo sentido; alguns seguem caminhos muito diversos. O desenvolvimento humano deve ser ilustrado não sob a forma de uma linha em que as sociedades viriam se colocar umas depois das outras como se as mais avançadas não fossem senão a continuação e a sequência das mais rudimentares, mas como uma árvore com ramos múltiplos e divergentes. Nada nos diz que a civilização de amanhã será apenas o prolongamento da existente atualmente para uma mais elevada; talvez ao contrário, ela terá como agentes povos que nós julgamos inferiores como a China, por exemplo, e que lhe darão uma direção nova e inesperada.” (O Ano Sociológico, tomo XII, 1913, p. 60 – 61)

Este trecho foi extraído do interessantíssimo livro A noção de cultura nas ciências sociais, escrito pelo professor e pesquisador do Laboratório de Etnologia da Universidade de Paris V, Denys Cuche. Publicado e traduzido pela EDUSC.

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