O filósofo italiano Antonio Negri, em Biocapitalismo, analisa a crescente onda de ocupações do espaço público, fruto do que chama, com Espinosa, manifestações da “multidão” – tida como fonte de articulação de desejos represados e díspares, unidos na ocupação e construção de um espaço de resistência e de emancipação, balizando os termos da biopolítica.
O livro, com tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro, acaba de ser lançada no Brasil pela editora Iluminuras.
Segundo o professor Márcio Seligmann-Silva, o pensamento de Negri dialoga com a história política da América Latina e, portanto, faz-se imprescindível para pensarmos nosso presente:“Antonio Negri tem tentado reinventar a política, sobretudo a prática das esquerdas, introduzindo e repaginando uma série de conceitos. Não por acaso, este livro, editado por Adrián Cangi e Ariel Pennisi, vem de uma obra compilada na Argentina: a escuta que Negri encontra na América Latina é particularmente grande. Temos muito a dialogar com sua obra”.