Arquivo da tag: dolores

poesia

Algernon Charles Swinburne (1837) – poeta inglês

12 fevereiro, 2009 | Por admin

Ontem vendi um livro cuja existência eu desconhecia. Com apenas 60 páginas, a pequena edição publicada pela editora Pontes traz o poema mais famoso do primeiro livro (1866) da trilogia Poems and Ballads, do inglês Algernon Charles Swinburne: Dolores.

Algernon Charles Swinburne nasceu a 5 de abril de 1837, em Londres. Estudou no Balliol College, em Oxford, mas abandonou a universidade antes mesmo de conseguir seu diploma, em 1860. Em 1864, a prima de Swinburne, Mary Julia Charlotte Gordon, anúnciou que iria se casar. O fato pode parecer irrelevante, mas os críticos atribuem esta notícia ap desapontamento de Swinburne refletido em alguns de seus poemas, como em Dolores.

Sua poesia provou-se única na esfera poética Inglesa. Entretanto, temas sadomasoquistas, lésbicos, fúnebres e anti-religiosos. causaram um inigualável escandalo por fazer escárnio de preceitos morais, religiosos e de padrões sociais Vitorianos.

Reconheço que é bem provável que eu nunca mais venda este livro. Tanto pelo fato de ser muito barato, R$ 8.40, e também por existir um projeto da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, chamado The Swinburne Project, que propõe-se a disponibilizar “toda obra original de Swinburne disponível e materiais de contextualização selecionados – reações de críticos da época, trabalhos biograficos e reproduções de quadros sobre os quais Swinburne escreveu.”

O endereço do The Swinburne Project é: http://swinburnearchive.indiana.edu/

DOLORES
(NOTRE-DAME DES SEPT DOULEURS)

Cold eyelids that hide like a jewel
Hard eyes that grow soft for an hour;
The heavy white limbs, and the cruel
Red mouth like a venomous flower;
When these are gone by with their glories,

What shall rest of thee then, what remain,
O mystic and sombre Dolores,
Our Lady of Pain?
Seven sorrows the priests give their Virgin;
But thy sins, which are seventy times seven,

Seven ages would fail thee to purge in,
And then they would haunt thee in heaven:
Fierce midnights and famishing morrows,
And the loves that complete and control
All the joys of the flesh, all the sorrows

That wear out the soul.
O garment not golden but gilded,
O garden where all men may dwell,
O tower not of ivory, but builded
By hands that reach heaven from hell;

Algernon Charles Swinburne

Send to Kindle