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Ele que o abismo viu

8 dezembro, 2017 | Por Isabela Gaglianone
Relevo que representa o deus Marduk, herança babilônica, atualmente no Museu do Louvre.

Relevo que representa o deus Marduk, herança babilônica, atualmente no Museu do Louvre.

O mais antigo registro literário conhecido – anterior a Homero, a Hesíodo e aos textos bíblicos –, a Epopeia de Gilgámesh – Ele que o abismo viu, acaba de ganhar uma excelente edição no Brasil, publicada pela editora Autêntica, com texto traduzido do acádio e anotado pelo professor Jacyntho Lins Brandão.

Ele que o abismo viu é uma das versões do mito de Gilgámesh, atribuída a Sin-léqi-unnínni (séc. XIII a.C.), e tida como a mais completa e importante desta tradição acádia. O poema babilônico foi preservado em tabuinhas de argila que foram descobertas entre 1872 e 2014. O longo texto é ainda fragmentário, porém a edição traduz sua mais ampla reconstrução, baseada em versões críticas recentes que substituíram as anteriores.

Jacyntho Brandão, em artigo, pontua: Esta é uma das razões de minha tradução, o dispormos agora de um novo texto crítico, o que exige, em certo sentido, que todas as traduções sejam refeitas, a outra, dela decorrente, sendo a possibilidade de traduzir não um apanhado de textos distintos muitíssimo fragmentados a fim de apresentar um fio narrativo mínimo, como se fez no passado, mas um poema inteiro, o que se intitula Ele o abismo viu, de que conhecemos inclusive o ‘autor’, Sîn-lēqi-unninni”. Sobre a dificuldade em falar-se de “autoria”, o professor, no mesmo artigo, comenta: “A versão da ‘gesta’ de Gilgámesh que a ele se deve, como acontece com relação a ciclos poéticos semelhantes, não constitui uma obra ‘original’ (no sentido moderno), pois trabalha ele com uma tradição escrita em sumério e acádio que já contava, em sua época, com mais de meio milênio. Portanto, é lidando com essa tradição escrita que Sîn-lēqi-unninni, ele próprio um escriba, compõe a nova versão do poema, entre os séculos XII e XI a.C., trabalho destinado a tornar-se a versão clássica (ou, como preferem os autores ingleses, standard) da épica sobre Gilgámesh. Nela, a mão do ‘poeta’ deixa-se perceber sobretudo pela profundidade que imprime à antiga saga, ao trazer para primeiro plano a pergunta sobre a mortalidade do homem, que transforma o seu herói, de simples aventureiro, num verdadeiro sábio”. Brandão também justifica sua escolha, não por uma tradução poética, mas por uma “tradução comentada”, que contudo pretende “não tolher a percepção dos torneios que garantem ao leitor ser um poema o que ele tem sob os olhos”, mas mantém-se bastante próxima ao original babilônico, respeitando suas próprias convenções poéticas, e complementando-o através dos comentários, que abrangem também outros problemas e aspectos poéticos: “No meu modo de entender, tradução comentada é aquela que termina por deixar expostas as dificuldades enfrentadas pelo tradutor, tanto no que diz respeito à decifração do texto, quanto às opções assumidas ao vertê-lo, com base em critérios de relevância. Isso, naturalmente, supõe entrar em diálogo com a fortuna crítica, bem como com as soluções encontradas por outros tradutores, o que tem como consequência abrir a possibilidade de expansão do diálogo com o leitor”.

No poema encontram-se, já elaborados de forma sofisticada, mitos que aparecerão na tradição literária posterior, como a criação do homem a partir da argila, o dilúvio e a construção de uma arca para salvar as criaturas, humanos e animais. A narrativa desdobra-se por 11 tabuinhas de argila, distribuída em quatro grandes movimentos: os excessos do rei Gilgámesh em Úruk, seu reino, que levam os deuses a criar para ele um par heroico, Enkídu; os feitos de ambos, inclusive a morte de Húmbaba, guardião da floresta de cedros, e do touro do céu, enviado pela deusa Ishtar contra Úruk, por Gilgámesh ter repelido seu assédio amoroso; a enfermidade e a morte de Enkídu, que leva Gilgámesh a perambular em busca do segredo da imortalidade, passando por lugares pelos quais nenhum homem jamais passara, até o encontro com Uta-napíshti; por fim, o retorno do herói a Úruk, cansado e conformado, uma vez que, então, sabe: com a morte, o homem não pode lutar.

Em outro artigo, intitulado “Transcrição comentada – Como se faz um herói: as linhas de força do poema de Gilgámesh”, publicado no Dossiê: O Mundo Antigo: Literatura e Historiografia, Jacyntho Brandão comenta que o primeiro verso, sha naqba imuru, é o título da obra, conforme usual na tradição escriturística das línguas semitas, segundo a qual as obras eram conhecidas a partir de suas primeiras palavras. Porém, como diz o tradutor, no poema são admitidas “duas leituras – uma primeira, mais horizontal, ‘Ele tudo viu’, a segunda, mais vertical, ‘Ele o abismo viu’ – já que o termo naqbu comporta tanto o significado de ‘tudo’ quanto nomeia o abismo subterrâneo de águas, cujo nome próprio é Apsû, donde provêm as fontes e que é a morada do deus Ea, cujo apanágio principal é a sabedoria. Diante desse dupla possibilidade, na tradução optei pela segunda, levando em conta, inclusive, que o segundo hemistíquio do mesmo verso esclarece que Gilgámesh viu ‘o fundamento da terra’ (išdi mati):

Ele o abismo viu, o fundamento da terra,

Ele – – – – conheceu, ele sabedor de tudo,

Gilgámesh o abismo viu, o fundamento da terra,

Ele – – – – conheceu, ele sabedor de tudo. (1, 1-4)

Deve-se, contudo, admitir que as duas opções de leitura são possíveis, pela relação que se estabelece entre esse ‘ver’ e o tema da viagem, o que não é incomum em narrativas heroicas, bastando recordar que Ulisses, na Odisseia, é por igual apresentado como alguém que ‘muito vagou’ e ‘de muitos homens viu as cidades e a mente conheceu’ (Odisseia 1, 2-3). Contudo, a leitura vertical do sentido de naqbu parece preferível porque o saber adquirido por Gilgámesh em sua grande viagem tem um sentido não só espacial, como também e sobretudo temporal, já que o principal conhecimento que ele adquire diz respeito ao que existia ‘antes do dilúvio’:

Ele – – – – da mesma maneira,

De todo saber, tudo aprendeu,

O que é secreto ele viu, e o coberto descobriu,

Trouxe isto e ensinou, o que antes do dilúvio era.

De distante caminho volveu, cansado e pacificado,

Numa estela pôs então o seu labor por inteiro. (1, 5-10)

Ora, como mais à frente se afirma que ele, Gilgámesh, ‘repôs os templos arrasados pelo dilúvio’ e ‘instituiu ritos para toda a humanidade’ (v. 43-44), essa restauração de templos e ritos, que restabelece os laços entre as eras ante e posdiluviana, parece ser o ‘todo saber’ por ele adquirido e apresenta-se como o seu maior feito, que depende do contato com Uta-napíshti, o qual, com sua mulher, foi o único a sobreviver ao dilúvio na arca que construíra de acordo com as instruções dadas por Ea. A narrativa do dilúvio que Uta-napíshti faz a Gilgámesh na tabuinha 11 de Ele o abismo viu representa, portanto, um ponto de chegada de toda a trama, aquilo que transforma o rei famoso por seus feitos guerreiros no sábio que teve acesso aos segredos dos deuses e da condição humana”.

O poema, assim, narra como Gilgámseh, o quinto rei de Úruk, passa por experiências existenciais marcantes, depois do dilúvio, que as levam a compreender os limites da natureza humana, existentes mesmo para ele, filho de uma deusa e portanto dois terços divino. Segundo Brandão, ainda no mesmo artigo, “a busca de Gilgámesh pela vida sem fim levou a nada. É preciso corrigir: levou sim a muito, ao aprendizado que faz de um simples herói um herói sábio, aprendizado que podemos entender se resume magnificamente na bela imagem da libélula levada pelas águas, metonímia de tudo que é efêmero sob o sol, mas nem por isso deixa de contemplar o sol. Nesse sentido, Ele o abismo viu poderia ser entendido, pelo menos em parte, como um representante da chamada literatura sapiencial tão comum no Oriente Médio, de que conhecemos exemplares sumérios, acádios e hebraicos. Aparentemente desesperado – e quem já não experimentou a angústia de Gilgámesh diante da brevidade da vida? –, na verdade ele ensina ao leitor o segredo da libélula. Nas palavras da taberneira: goza dos prazeres da comida, da música e da civilização, faz amor, alegra-te com os filhos – e não te atormente a morte, que é só o fado do homem”.

Como diz Guilherme Gontijo Flores, no texto de orelha da edição da tradução brasileira, “ao escolher traduzir Ele que o abismo viu […] Jacyntho nos mostra, também, que ela foi muito mais ampla no tempo, no espaço e na língua, remontando até mais de quatro mil anos atrás (séc. XXII a.C.), quando estão datados os primeiros poemas sumérios preservados. O que temos aqui é então, simultaneamente, uma tradução acurada e um rigor filológico e crítico fora de série, sobretudo nos estudos do Oriente Antigo. Na introdução e nas notas, Jacyntho, com seu conhecimento de classicista, cruza séculos de culturas poéticas, para dar ao leitor não apenas uma versão compreensível do poema de Sin-léqi-unnínni, como também o estofo necessário para ver uma tradução múltipla, uma poética em movimento, uma recusa de origem clara do poema e do mito, para nos mostrar, em seu lugar, o mito vivo a cada nova performance, a cada nova voz, a cada nova escrita”.

A editora Autêntica disponibiliza um trecho para visualização.

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.Trecho.

 

A glória de Gilgámesh

[1] Lavou-se da sujeira, limpou as armas,

Sacudiu os cachos sobre as costas,

[3] Tirou a roupa imunda, pôs outra limpa,

Com uma túnica revestiu-se, cingiu a faixa:

Gilgámesh com sua coroa se cobriu.

 

A paixão de Ishtar

[6] À beleza de Gilgámesh ergueu os olhos a rainha Ishtar:

Vem, Gilgámesh, meu marido sejas tu!

[8] Teu fruto dá a mim, dá-me!

Sejas tu o esposo, tua consorte seja eu!

[10] Farei atrelar-te carro de lápis-lazúli e ouro,

As suas rodas de ouro, de âmbar os seus chifres:

[12] Terás atrelados leões, grandes mulas!

Em nossa casa perfumada de cedro entra!

[14] Em nossa casa quando entres,

O umbral e o requinte beijem teus pés!

[16] Ajoelhem-se sob ti reis, potentados e nobres,

O melhor da montanha e do vale te seja dado em tributo!

[18] Tuas cabras a triplos, tuas ovelhas a gêmeos deem cria,

Teu potro com carga à mula ultrapasse,

[20] Teu cavalo no carro majestoso corra,

Teu boi sob o jugo não tenha rival!

 

A recusa de Gilgámesh

[22] Gilgámesh abriu a boca para falar,

Disse à rainha Ishtar:

[24] Se eu contigo casar,

…. o corpo e a roupa?

[26] …. o alimento e o sustento?

Far-me-ás comer comida própria de deuses?

[28] Cerveja dar-me-ás própria de reis?

….

[30] …. empilhe

…. vestuário

[32] Quem …. contigo casará?

Tu …. que petrificas o gelo,

[34] Porta pela metade que o vento não detém,

Palácio que esmaga …. dos guerreiros,

[36] Elefante …. sua cobertura,

Betume que emporca quem o carrega,

[38] Odre que vaza em quem o carrega,

Bloco de cal que …. o muro de pedra,

[40] Aríete que destrói o muro da terra inimiga,

Calçado que morde os pés de seu dono.

[42] Qual esposo teu resistiu para sempre?

Qual valente teu aos céus subiu?

[44] Vem, deixa-me contar teus amantes:

Aquele da festa …. seu braço;

[46] A Dúmuzi, o esposo de ti moça,

Ano a ano chorar sem termo deste;

[48] Ao colorido rolieiro amaste,

Nele bateste e lhe quebraste a asa:

Agora fica na floresta a piar: asaminha!;

[51] Amaste o leão, cheio de força:

Cavaste-lhe sete mais sete covas;

[53] Amaste o cavalo, leal na batalha:

Chicote com esporas e açoite lhe deste,

[55] Sete léguas correr lhe deste,

Sujar a água e bebê-la lhe deste,

[57] E a sua mãe Silíli chorar lhe deste;

Amaste o pastor, o vaqueiro, o capataz,

[59] Que sempre brasas para ti amontoava,

Todo dia te matava cabritinhas:

[61] Nele bateste e em lobo o mudaste,

Expulsam-no seus próprios ajudantes

E seus cães a coxa lhe mordem;

[64] Amaste Ishullánu, jardineiro de teu pai,

Que sempre cesto de tâmaras te trazia,

[66] Todo dia tua mesa abrilhantava:

Nele os olhos puseste e a ele foste:

[68] Ishullánu meu, tua força testemos,

Tua mão levanta e abre nossa vulva!

[70] Ishullánu te disse:

Eu? Que queres de mim?

[72] Minha mãe não assou? Eu não comi?

Sou alguém que come pão de afronta e maldição,

[74] Alguém de quem no inverno a relva é o abrigo? –

Ouviste o que ele te disse,

[76] Nele bateste e em sapo o mudaste,

Puseste-o no meio do jardim,

[78] Não pode subir a …., não pode mover-se a …. .

E queres amar-me e como a eles mudar-me!

 

A fúria de Ishtar

[80] Ishtar isso quando ouviu,

Ishtar furiosa aos céus subiu,

[82] Foi Ishtar à face de Ánu, seu pai, chorava,

À face de Ántum, sua mãe, corriam-lhe as lágrimas:

[84] Pai, Gilgámesh me tem insultado,

Gilgámesh tem contado minhas afrontas,

[86] Minhas afrontas e maldições.

Ánu abriu a boca para falar,

[88] Disse à rainha Ishtar:

O quê? Não foste tu que provocaste o rei Gilgámesh,

[90] E Gilgámesh contou tuas afrontas,

Tuas afrontas e maldições?

[92] Ishtar abriu a boca para falar,

Disse a Ánu, seu pai:

[94] Pai, o Touro-do-Céu dá-me,

A Gilgámesh matarei em sua sede!

[96] Se o Touro não me dás,

Golpearei o submundo agora, sua sede,

[98] Mandarei aplainá-lo até o chão

E subirei os mortos para comer os vivos:

Aos vivos superarão os mortos!

[101] Ánu abriu a boca para falar,

Disse à rainha Ishtar:

[103] Se o Touro me pedes,

As viúvas de Úruk sete anos feno ajuntem,

Os lavradores de Úruk façam crescer o pasto.

[106] Ishtar abriu a boca para falar,

Disse a Ánu, seu pai:

[108] …. já guardado,

…. já cultivado,

[110] As viúvas de Úruk sete anos feno juntaram,

Os lavradores de Úruk fizeram crescer o pasto.

[112] Com a ira do Touro eu vou …. .

Ouviu Ánu ao dito por Ishtar,

E a corda do Touro em suas mãos pôs.

 

O Touro-do-Céu

[115] …. e conduzia-o Ishtar.

À terra de Úruk quando ele chegou,

[117] Secou árvores, charcos e caniços,

Desceu ao rio, sete côvados o rio baixou.

[119] Ao bufar o Touro a terra fendeu-se,

Uma centena de moços de Úruk caíram-lhe no coração;

[121] Ao segundo bufar a terra fendeu-se,

Duas centenas de moços de Úruk;

[123] Ao terceiro bufar a terra fendeu-se,

Enkídu caiu-lhe dentro até a cintura:

[125] E saltou Enkídu, ao Touro agarrou pelos chifres,

O Touro, em sua face, cuspiu baba,

Com a espessura de sua cauda …. .

[128] Enkídu abriu a boca para falar,

Disse a Gilgámesh:

[130] Amigo meu, ufanávamos …. em nossa cidade.

Como responderemos a toda essa gente?

[132] Amigo meu, testei o poder do Touro

E sua força, aprendi sua missão ….

[134] Voltarei a testar o poder do Touro,

Eu atrás do Touro ….

[136] Agarrá-lo-ei pela espessura da cauda,

Porei meu pé atrás de seu jarrete,

[138] Em …. seu,

E tu, como açougueiro valente e hábil,

[140] Entre o dorso dos chifres e o lugar do abate teu punhal enfia!

Voltou Enkídu para trás do Touro,

[142] Agarrou-o pela espessura da cauda,

Pôs o pé atrás de seu jarrete,

[144] Em …. seu,

E Gilgámesh, como açougueiro valente e hábil,

[146] Entre o dorso dos chifres e o lugar do abate seu punhal enfiou!

Após o Touro matarem,

[148] Seu coração arrancaram e em face de Shámash puseram,

Retrocederam e em face de Shámash puseram-se:

[150] Assentaram-se ambos juntos.

Chegou Ishtar sobre o muro de Uruk, o redil,

[152] Dançou em luto, proferiu um lamento:

Este é Gilgámesh, que me insultou, o Touro matou!

[154] E ouviu Enkídu o que disse Ishtar,

Rasgou a anca do Touro e em face dela a pôs:

[156] E a ti, se pudera, como a ele faria:

Suas tripas prendesse eu em teus braços!

[158] Reuniu Ishtar as hierodulas, prostitutas e meretrizes,

Sobre a anca do Touro em luto a carpir.

 

A celebração da vitória

[160] Chamou Gilgámesh os artesãos, os operários todos,

A espessura dos cornos observaram os filhos dos artesãos:

[162] Trinta minas de lápis-lazúli de cada um o peso,

Duas minas de cada um a borda,

[164] Seis medidas de óleo a capacidade de cada;

À unção de seu deus, Lugalbanda, os dedicou,

[166] Levou-os e pendurou em sua câmara real.

No Eufrates lavaram suas mãos,

[168] E abraçaram-se para partir.

Pela rua de Úruk cavalgavam,

[170] Reunido estava o povo de Úruk para os ver.

Gilgámesh às servas de sua casa estas palavras disse:

[172] Quem o melhor dentre os moços?

Quem ilustre dentre os varões?

[174] Gilgámesh o melhor dentre os moços,

Gilgámesh ilustre dentre os varões!

[176] …. a quem conhecemos em nossa fúria,

…. na rua quem o insulte não há,

[178] …. caminho que …. seu.

Gilgámesh em seu palácio fez uma festa:

[180] Deitados estão os moços, que nos leitos à noite dormem,

Deitado está Enkídu, um sonho vê;

[182] Levanta-se Enkídu para o sonho resolver.

Diz ao amigo seu:

[7, 1] Amigo meu, por que discutiam em conselho os grandes deuses?

 

[Nota: Trecho pertencente à Tabuinha 6, que traz um episódio completo e termina com referência ao sonho com maus presságios de Enkídu, introduzindo a narrativa de sua morte, que será assunto da tabuinha seguinte. O texto está relativamente bem conservado, entretanto, há passagens irremediavelmente corrompidas, lacunas indicadas pelos pontilhados.

Os títulos não pertencem ao original, foram incluídos por Jacyntho Brandão para auxiliar a compreensão do leitor.]

 

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EPOPEIA DE GILGÁMESH – ELE QUE O ABISMO VIU

Autor: Sin-léqi-unnínni [tradução e notas de Jacynhto Brandão]
Editora: Autêntica
Preço: R$ 50,83 (336 págs.)

 

 

 

 

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