O crítico de arte Hal Foster identifica no conceito de “complexo” e na condição de inerência da arte e da arquitetura elementos que definem a cultura contemporânea. Em O complexo arte-arquitetura, lançamento no Brasil pela Cosac Naify, ele aponta que a arquitetura e a arte estão intrinsecamente unidas, desde o final do século passado, até o início deste século XXI. A arte, com suas instalações e obras em larguíssima escala, remete à arquitetura; obras de arquitetos, vendidas como de artistas a colecionadores, lembram que parte fundamental da arte é o chamado projeto.
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Posteridade, presente
O crítico e historiador da arte Hal Foster é conhecido por suas reflexões sobre as vanguardas artísticas do pós modernismo. Em O retorno do real, propôs um modelo das recorrências históricas das vanguardas, em que reconhece um movimento cíclico, no qual as vanguardas sobrepõem-se, colocando-se em relação a inevitáveis falhas das anteriores. Para Foster, esses ciclos são complementares, não opostos. Analisando os modelos críticos na arte e na teoria a partir de 1960 por meio de uma nova narrativa da vanguarda histórica e da neovanguarda, ele argumenta que a vanguarda retorna para nós do futuro, reposicionada por práticas inovadoras do presente. Segundo Foster, vivenciamos, agora, um retorno ao real, em que arte e teoria voltam-se para a materialidade de corpos reais e de lugares concretos. O livro, originalmente publicado em 1996, agora é lançado no Brasil pela Cosacnaify, com tradução de Célia Euvaldo e texto de orelha de Sônia Salzstein.