Arquivo da tag: arte contemporânea

Artes Plásticas

Natureza ambígua

17 novembro, 2014 | Por Isabela Gaglianone

escultura de Cícero Alves dos Santos, o “Véio”

A arte contemporânea tornou menos nítidas as fronteiras entre o mundo e o museu. Instalações nas ruas, grafites nas galerias, artes de deriva são exemplos. Também o é uma arte considerada por muitos ingênua, composta por esculturas feitas com madeira encontrada na mata por um artista popular sergipano, exibida em São Paulo até dezembro, que provoca o ressurgimento da questão sobre a validade artística: o delicado trabalho de Cícero Alves dos Santos, o Véio, rompe preconceitos e apaga a suposta linha divisória entre arte popular e erudita.

Feitas sobretudo com galhos, troncos e raízes, suas esculturas ganham exposição na Galeria Estação, com curadoria do crítico Rodrigo Naves, e também uma bela análise, no livro Véio – Esculturas, publicado pela WMF, com textos do crítico. Tanto a exposição quanto a publicação do livro visam proporcionar uma ampliação da recepção da potência significativa da obra deste artista. O livro sugere que diante dos trabalhos de Véio, artista visionário que, vivendo em uma região em que são rígidos os limites entre campo e cidade os extrapola, estabelecem-se questões amplas sobre a conceituação do que seja arte.

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Artes Plásticas

Arte andarilha

13 novembro, 2014 | Por Isabela Gaglianone

[…] o único caminho possível numa discussão teórica seja talvez limitar-se a refletir sobre como as obras e os mitos se perseguem, tangenciando-se até em seus aspectos mais prosaicos, percorrer os lugares onde os caminhos se cruzam, os fios se emaranham e se embaralham, tudo parece remeter a outra coisa, e fica evidente que a meta é o próprio caminho”.

Robert Smithson, “A Tour of theMonuments of Passaic”

Novas derivas, de Jacopo Crivelli Visconti, delimita e analisa uma forma artística recorrente desde a década de 1960: a incorporação do ato de andar, normalmente protagonizado pelos próprios artistas. De acordo a definição de Guy Debord, este é o processo artístico conhecido como deriva. A análise de Visconti tece uma ampla reflexão sobre os trabalhos de deriva, marcados por um posicionamento situacionista para despertar reflexões sociais, politicamente engajadas. Imateriais e, portanto, invendáveis, são trabalhos que relacionam-se com o espaço, cartografando-o de maneira singular e desenvolvendo uma interessante crítica à subserviência das artes à banalidade mercadológica.

O livro, que surgiu como uma tese, defendida pelo autor na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) – USP, apoia-se em vasta e profunda pesquisa sobre as ideias e processos desenvolvidos nas artes plásticas nas últimas cinco décadas. Continue lendo

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matraca

Filosofia e arte

4 agosto, 2014 | Por Isabela Gaglianone

Marcel Duchamp

O descredenciamento filosófico da arte, de Arthur C. Danto, desenvolve interessantes considerações estéticas, suscitadas pelas análises da filosofia e da arte, tanto modernas quanto contemporâneas, envolvendo sobretudo o problema do esmaecimento das distinções claras para a definição de uma obra enquanto artística.

Publicado no Brasil pela editora Autêntica, com tradução realizada pelo professor Rodrigo Duarte, o livro representa relevante contribuição para as discussões estéticas em torno da arte contemporânea.

A obra traz nove ensaios, que abrangem diferentes perspectivas, porém tendo como pano de fundo a filosofia da história da arte. Continue lendo

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Artes Plásticas

Posteridade, presente

12 março, 2014 | Por Isabela Gaglianone

O crítico e historiador da arte Hal Foster é conhecido por suas reflexões sobre as vanguardas artísticas do pós modernismo. Em O retorno do real, propôs um modelo das recorrências históricas das vanguardas, em que reconhece um movimento cíclico, no qual as vanguardas sobrepõem-se, colocando-se em relação a inevitáveis falhas das anteriores. Para Foster, esses ciclos são complementares, não opostos. Analisando os modelos críticos na arte e na teoria a partir de 1960 por meio de uma nova narrativa da vanguarda histórica e da neovanguarda, ele argumenta que a vanguarda retorna para nós do futuro, reposicionada por práticas inovadoras do presente. Segundo Foster, vivenciamos, agora, um retorno ao real, em que arte e teoria voltam-se para a materialidade de corpos reais e de lugares concretos. O livro, originalmente publicado em 1996, agora é lançado no Brasil pela Cosacnaify, com tradução de Célia Euvaldo e texto de orelha de Sônia Salzstein.

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Artes Plásticas

Retrospectiva contemporânea: sobre arte e tempo

10 março, 2014 | Por Isabela Gaglianone

Um livro dedicado a realizar uma retrospectiva do trabalho da artista plástica Laura Vinci. Dedicada ao desenvolvimento de instalações desde 1997, a artista tem como um dos fios condutores de seu trabalho reflexões sobre o tempo e a transitoriedade, quer da própria matéria, quer enquanto reflexão histórica e consequente maneira de pensar a contemporaneidade.

Editado pela Coscnaify, o livro apresenta, além das monumentais instalações exibidas em importantes museus e centros culturais, também as mais relevantes intervenções feitas pela artista em espaços públicos. Laura Vinci enfatiza a transitoriedade presente nos trabalhos através de legendas aos registros fotográficos; Continue lendo

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Artes Plásticas

7ª Bienal do Mercosul

18 fevereiro, 2009 | Por admin

É indiscutível o descontentamento geral em relação às grandes bienais de arte, descontentamento cujo ponto culminante foi a indecente 28ª Bienal de São Paulo, de 2008.

A porvindoura 7ª Bienal do Mercosul promete esquentar ainda mais a reflexão. Chamaram-na de Grito e Escuta, e explicaram sua proposta, que gera, de imediato, uma sensação desagradável pelas lembranças de um conturbado 2008: “a 7ª Bienal do Mercosul pretende chamar a atenção para uma reflexão sobre a própria Bienal do Mercosul, a crise do modelo Bienal em geral, a função do artista na sociedade hoje, e a gravidade das crises econômicas, sociais, políticas e culturais no mundo atual.”

Jorge Coli escreveu sobre a última edição da Bienal do Mercosul, em outubro de 2007, e nos dá, ao menos, uma esperança: “Há ótimos curadores no Brasil, está claro: a própria bienal do Mercosul teve grandes edições precedentes. Mas eles são poucos. Revezam-se nas mostras importantes. Isso significa forçosa repetição de enfoques, inevitáveis déjà vus. Pérez-Barreiro [curador da 6ª Bienal do Mercosul], espanhol de origem, com formação européia e norte-americana, responsável pelo setor latino-americano no museu de Austin, Texas, renovou expectativas que, no Brasil, tendem para o costumeiro.”

A 7ª edição da Bienal do Mercosul terá como curadores-gerais Victoria Noorthoorn (Argentina) e Camilo Yáñez (Chile). Os dois foram escolhidos através de concurso; entre 67 propostas apresentadas, Victoria e Camilo superaram propostas concorrentes de 24 países.

Camilo Yáñez

O editor da Revista APLAUSO – revista de cultura do Rio Grande do Sul -, Flávio Ilha, realizou uma entrevita com os curadores. Porém, a página do site da revista onde a entrevista fora publicada está fora do ar. Portanto, publicarei os os principais trechos da conversa aqui, até que a página oficial volte ao ar:

Juventude

Victoria
– Estamos propondo uma Bienal que tenha a juventude em sua estrutura, ou seja, uma mostra aberta e diferente em relação às anteriores. Acredito que somos bastante pretensiosos em relação a isso. É claro que não vamos reinventar a roda, mas creio que será uma Bienal muito inovadora desde sua estrutura. Sobretudo devido à sua abertura a inovações e a incorporação de um pensamento criativo à própria exposição. Nosso objetivo é oxigenar a Bienal através do pensamento dos artistas, que vão atuar como curadores. E que esse pensamento seja uma parte central da mostra.

Camilo – Quando falamos de curadores jovens, devemos considerar que também estamos em um continente jovem. Ou seja, um continente que tem, por isso, a possibilidade de se repensar constantemente, tem uma capacidade maior de sonhar, de ter utopias. Transportamos esse conceito para nosso projeto – não limitamos nossos sonhos e nossas utopias. Agora estamos baixando à terra.

A Bienal

Camilo – O papel da Bienal é de ser uma mediadora real entre os artistas contemporâneos, entre o público e entre os curadores. Um lugar de reunião e de discussão, onde a arte acontece. E não onde simplesmente se ilustra a arte. Não se trata apenas de mostrar formas de arte, mas de construir coletivamente essas formas.

Victoria – Estamos colocando nosso foco na transformação da Bienal numa efetiva experiência de arte. Ainda estamos avaliando as distintas alternativas que temos para envolver os artistas dentro da experiência da Bienal, para que ela esteja constantemente viva durante seu percurso. Não queremos que a Bienal seja apenas uma bela exposição, mas que seja uma experiência viva entre artistas e público. Queremos reinventar constantemente a Bienal. O desafio é enquadrar a exposição ao ritmo dos artistas, e não o contrário.

O projeto

Victoria – Há várias ações concretas que foram descritas no projeto. Uma das exposições propõe um diálogo entre artistas populares do Brasil – como grafiteiros, artistas de rua, anônimos – e artistas contemporâneos que trabalham a cidade como texto. É uma abertura da Bienal a esse artista que também trabalha na contemporaneidade, embora num patamar diferente.

Camilo – Outra ação é a convocatória aberta que faremos para artistas do mundo todo. Por que isso? Porque os curadores não têm a capacidade de conhecer a totalidade da produção contemporânea, isso é impossível. Então, essa convocação tem o sentido de ampliar a perspectiva de obras que poderemos mostrar. É essa oxigenação que estamos defendendo. Se os curadores foram escolhidos por concurso, muitos dos artistas que estarão aqui – e que não são visíveis, apesar de desenvolveram bons trabalhos – também poderão ser escolhidos dessa forma. Vamos selecionar projetos dirigidos especificamente à 7ª Bienal do Mercosul e que tenham a América Latina como referência. Queremos uma Bienal auto-generativa, quer dizer, uma Bienal que seja constantemente realimentada por seus próprios projetos.

Mercosul

Victoria – Não pensamos no Mercosul de forma fechada. A América Latina se formou, não só culturalmente, em diálogo constante com a história européia e norte-americana, principalmente. E hoje, com a globalização, é impossível pensar um continente fechado. Mas é claro que precisamos dar ênfase a nossos problemas e a nossas questões.

O público

Camilo – Vamos escolher um curador pedagógico, ou seja, um artista que estará focado exclusivamente em gerar mediações reais com o público – não só de Porto Alegre, mas do Rio Grande do Sul. Isso nos parece chave. Queremos que o público tenha mapas, ou uma cartografia, que lhe permita percorrer diferentes percursos para ver a Bienal. E não apenas uma única forma de leitura unidimensional, se não várias formas de ler a Bienal. O público, em linhas gerais, é que fará a exposição acontecer.

Victoria – O nosso projeto inclui performances, happenings e outras formas de expressão direta com o público, em ônibus, supermercados, em locais públicos e de grande circulação de pessoas. E em lugares não referenciais para a arte. O projeto editorial também precisa ter um papel motivador para o público, no sentido de construir seu próprio catálogo de arte. Por exemplo, cada pessoa poderá selecionar mais informações sobre trabalhos que lhe interessem – ou menos sobre os que não interessem. Queremos dinamizar a área editorial, e não fechá-la em catálogos bonitos, mas inacessíveis.

Projeto educativo

Victoria – Pretendemos que não haja apenas um relato sobre a Bienal, mas múltiplas forma de entendê-la. Isso quer dizer que o professor poderá eleger um relato que tenha mais relação com a matemática, por exemplo. Ou com a história, com as ciências sociais. Devemos vincular fortemente o projeto educativo com as publicações – mais massivas, de baixo custo, na internet. Nos interessa alcançar muita gente , pois não temos a pretensão de criar um novo modelo de Bienal. Temos sim a pretensão de que esta Bienal, em especial, seja muito forte, seja oxigenada e que chegue a muita gente. Ou seja, o mais aberta possível.

Camilo – O projeto pedagógico está pensado para ser um cadastro de metodologias de ensino da arte pela América Latina. Não só o ensino tradicional, mas também formas alternativas de se conhecer e aprender sobre arte. Nos interessa muito fazer da Bienal um processo de aprendizagem coletivo – dos curadores, dos artistas, do público.

Artistas

Victoria – Não temos nomes, mas vamos nos focar em artistas que utilizam a arte como forma de subverter a realidade e, por conseqüência, como forma de chamar a atenção para essa realidade. Estamos vivendo uma época complicada, de conflitos intensos. Os artistas são pessoas importantes para assinalar esses desafios, que propõem alternativas contundentes e, claro, possíveis. Nos interessa envolver o máximo possível, nesse processo, os artistas locais.

Camilo – O que nos interessa é fazer uma boa Bienal. E como se faz isso? Desde os artistas e desde o público. É preciso estabelecer uma energia coletiva entre esses agentes. O que podemos dizer, neste momento, é que o espírito central da Bienal é a oxigenação e a dinamização do contexto atual da arte.

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Artes Plásticas

Galeria Soso Arte Contemporânea Africana

6 fevereiro, 2009 | Por admin

Foi inaugurada na última quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009, a galeria Soso Arte Contemporânea Africana, que é originaria de Luanda, capital de Angola, à Rua Rainha Ginga, 10. [se alguém, por acaso, tiver acesso a este local lá na África, por favor entre em contato comigo], inspirada no pavilhão africano da Bienal de Veneza, em 2007.

Os artistas angolanos que inauguraram o espaço expositivo são 4 representantes da nova geração de artistas africanos: Cláudia Veiga (fotógrafa), Angel Ihosvanny (artista plástico), Kiluanji Kia Henda (música e fotografia) e Yonamine (artista plástico).

Os sites oficiais da Trienal de Luanda, www.trienal-de-luanda.net, e da Soso Arte de Luanda, soso-arte.net, estão fora do ar, aparentemente por falta de pagamento do domínio.

links

Encontrei o blog de uma moça chamada Sachi que é “colaboradora de uma fundação de arte contemporânea africana”, que eu creio que seja a Fundação Sindika Dokolo, que é a co-organizadora da galeria. Lá você vai encontrar fotos dos bastidores da montagem da inauguração da Galeria SOSO, fotos dos artistas, e do hotel onde eles estão hospedados. http://sachisachisachi.wordpress.com/

Kiluanji Kia Henda (música e fotografia)

http://kiahenda.blogspot.com/
http://www.sindikadokolofoundation.org/collection/artist.cfm?id=170341&num=1
http://www.artafrica.info/html/artistas/artistaficha.php?ida=473

Kiluanji Kia Henda

Angel Ihosvanny

Fotografia de Angel Ihosvanny

Yonamine

A Montagem da Galeria SOSO

SOSO arte contemporânea africana
fonte: Blog da Sachi

Galeria Soso Arte Contemporânea Africana

Avenida São João, 313, 2º andar
Tel. (11) 3222-3973
Abertura: 5 de fevereiro, às 17h, com uma festa tradicional africana
Seg a sex, das 11h às 19h; sáb, até 16h30
Grátis
Até 21/3

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Artes Plásticas

Pintura e Samba – A arte de Helio Oiticica

25 abril, 2008 | Por admin

O múseu britânico Tate Modern possui uma seleção mensal de vídeos curtos a respeito da arte moderna e contemporânea. A edição número 6 contou com uma matéria sobre o artista plástico brasileiro Helio Oiticica e seu trabalho “Parangolés”.

A matéria diz:

“Esta performance recria o trabalho inovador do artista brasileiro helio oiticica. frustrado com as limitações da pintura, oiticica dedicou-se a achar meios nos quais a pintura pudesse ser tirada das paredes das galerias e saíssem para o espaço tridimensional. um dos resultados foi seu “parangolés” da metade dos anos 1960. literalmente uma pintura habitável, eles foram desenhados para serem vestidos durante uma dança no ritmo de samba. Esta idéia surgiu de seu envolvimento com as pessoas do morro da mangueira, uma favela carioca, e a famosa escola de samba da mangueira. o sobrinho do artista, césar oiticica filho, prossegue com a história.”

Para assistir ao vídeo da matéria, clique aqui. Abaixo, a tradução dos comentários do sobrinho do artista. Clique aqui para a versão PDF.

PARANGOLÉS

César Oiticica Filho:

Helio Oiticica foi um artista Brasileiro que começou a pintar nos anos 50. Ele então tomou as cores das pinturas nas paredes das galerias e museus e trouxe para este espaço, através do Parangolés. Parangolés é um trabalho que você pode vestir, mais conhecido pelas capas, pois as capas que as pessoas vestem para dançar, para a performance e é um trabalho que funciona muito bem com o corpo.

O que você verá aqui é o modo como ele trouxe essas cores dos objetos para a vida das pessoa. Em 1964 Helio foi para a Mangueira, que é uma favela na cidade do Rio de Janeiro e ele começou a dançar samba com os dançarinos que eram apenas os negros naquela época. E então ele levou esta experiência para seu trabalho e com o Parangolés ele convidou estes dançarinos para vestirem as capas e dançarem com elas num grande museu, numa exposição. Entretanto a entrada deles não foi permetida e eles ficaram do lado de fora dançando com a bateria e todo o pessoal da Mangueira. A vida era bem chocante naquela época.

Aqui em Londres temos a Escola de Samba, a Escola de Samba de Londres. Há dançarinos daqui e eu acho isso muito bom. É incrível e pessoas normais que querem participar desta exibição, deste evento, têm sido convidadas a participar. Quando as pessoas executam Parangolés elas estão movendo as cores. Eu acho que a lição mais significativa do Parangolés é o espírito de liberdade pois quando você começa a brincar você transforma-se numa espécie de criança e então começa a descobrir a liberdade da alma através deste trabalho, o que é incrível.

Data: 31 Julho 2007

A Edusp possui um livro de Celso Favaretto que reconstrói a trajetória de Helio Oiticica. Clique aqui para acessar o livro na livraria 30PorCento. O preço especial é de R$ 58,00 por R$ 40,60.

Ornamento de Divisão

“A Cia. Teatro e Dança Mariana Muniz apresenta na Galeria Olido, entre os dias 26 e 29 de junho de 2008, o supracitado Parangolés.  Os figurinos atuam em conjunto com um objeto síntese, no caso um bambu, que cada bailarino carrega consigo durante a dança. A relação das roupas com esse objeto estrutura a idéia das cores e espaço presentes no trabalho do artista plástico. “A utilização desses elementos em cena simbolizam a idéia de que no espetáculo o corpo é a obra”, explica a bailarina e diretora Mariana Muniz. Para o produtor José Renato Almeida, um dos principais objetivos do trabalho é promover uma interação com a platéia. “Como na obra de Oiticica, o público deixa de ser apenas um espectador, tornando-se parte integrante da obra”, afirma. Com músicas que misturam samba, timbres e batidas, a trilha sonora original foi composta por Celso Nascimento e Ricardo Severo.” (fonte: Portal da Prefeitura da Cidade de São Paulo)

Galeria Olido – Sala Paissandu. Av. São João, 473 – Centro. De 26 a 29. 5ª a sáb., 20h. Dom., 19h. Grátis

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