O jornal The New York Times publicou em 27 de janeiro deste ano uma matéria sobre a descoberta de milhares de negativos do famoso fotografo de guerra Robert Capa. Leia abaixo a tradução integral do artigo e clique aqui para acessar uma série de fotos que o jornal americano disponibilizou para ilustrar a matéria. Disponibilizamos também uma versão em PDF da tradução.
O esconderijo de Capa
– The New York Times (27-01-2008)
Por Randy KennedyPara o pequeno grupo de peritos em fotografia a par de sua existência, ela era simplesmente conhecida como “a maleta mexicana”. E, no panteão dos tesouros perdidos da cultura moderna, era cercado pela mesma aura mítica que rodeiam os primeiros manuscritos de Hemingway, que desapareceram de uma estação de trem em 1922.
A maleta – na verdade três frágeis valises de papelão – continham centenas de negativos de fotografias que Robert Capa, um dos pioneiros da fotografia moderna de guerra, tirou durante a Guerra Civíl Espanhola antes de fugir da Europa para os Estados Unidos em 1939, deixando para trás o conteúdo de sua sala-escura parisiense.Capa achava que esse material havia se perdido durante a invasão nazista, e morreu em 1954, trabalhando no Vietnã, ainda achando. Mas em 1995 correram rumores de que os negativos haviam sobrevivido à destruição após uma jornada digna de um romance de John le Carré: de Paris à Marselha e então para as mãos de um general e diplomata mexicano que havia servido Pancho Villa, na Cidade do México.