O agudo ensaio Raymond Roussel. A chave unificada, do argentino César Aira, ganhou no Brasil uma edição muito especial.
No ensaio, Aira afirma que a figura de Roussel para estar fadada aos erros interpretativos de sua própria legião de admiradores e estudiosos:
“Explicitar mais uma vez o famoso procedimento de Roussel é tempo perdido; por mais clara que seja a explicação, sempre ficará um mal-entendido. Roussel é a torre de Babel dos seus intérpretes e estudiosos. De algum modo, ele fez com que todos falem idiomas diferentes. Todo artigo que se escreve sobre ele poderia se intitular: Os erros mais frequentes que se cometem ao falar de Roussel. O preço que se paga por acreditar tê-lo entendido é acreditar que o outro, qualquer outro, o entendeu mal”.