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Literatura

(SWR-Bestenliste) Escolhidos de maio da crítica literária alemã

29 abril, 2009 | Por admin

A SWR-Bestenliste é um ranking mensal de obras literárias escolhidas por 30 críticos literários alemães e que serve, não sei com que grau de qualidade, de termômetro para o mundo (leia mercado) editorial alemão.

A lista de maio de 2009 foi publicada hoje. Transcrevo-a abaixo:

  1. RALF ROTHMANN: Feuer brennt nicht
  2. DAVID RIEFF: Tod einer Untröstlichen
  3. Cher ami…Votre Marcel Proust
  4. NICHOLSON BAKER: Menschenrauch
  5. LARS GUSTAFSSON: Frau Sorgedahls schöne weiße Arme
  6. OLGA TOKARCZUK: Unrast
  7. REINHARD JIRGL: Die Stille
  8. CHRISTOPH PETERS: Mitsukos Restaurant
  9. ANNA KATHARINA HAHN: Kürzere Tage
  10. KATHRIN SCHMIDT: Du stirbst nicht

Os títulos acima levam você às descrições dos livros e autores selecionados. A página está em Alemão sem versão para o Inglês.

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Literatura

Roberto Bolaño e W.G. Sebald

10 fevereiro, 2009 | Por admin

Estive lendo o blog Beyond Hall 8, que se auto-denomina uma plataforma para discussões sobre a publicação de livros, com uma perspectiva internacional, voltada para um público internacional. Além disso, o blog é patrocinado pela Feira do Livro de Frankfurt.

Num artigo de 29 de janeiro deste ano – 2009 -, o autor, Edward Nawotka, faz um comentário e dá o seu palpite sobre o prêmio Best Translated Book of 2008 [Melhor Livro tradução Traduzido – para o inglês – de 2008]. A aposta é que o romance 2666, de Roberto Bolaño, traduzido do espanhol por Natasha Wimmer, será o vencedor tanto do Best Translated Book of 2008 quanto do National Book Critics Circle.

Entretanto, o mais interessante do artigo vem logo em seguida. Nawotka pondera se o interesse por Bolaño irá se sustentar por muito tempo e, principalmente, nos faz lembrar que, há alguns anos atrás, W.G. Sebald atravessou um fase similar de interesse dos leitores e da crítica, mas sumiu de vista nos dias de hoje.

W. G. Sebald, alemão, faleceu num acidente de carro há 8 anos, em dezembro de 2001. O autor é pouco conhecido no Brasil. Um reflexo disto pode ser visto no fato de que, na enciclopédia Wikipedia, não há o artigo do escritor em nossa língua.

Sebald teve dois de seus romances publicados pela Companhia das Letras no ano passado (2008). Austerlitz, de 2001, e Vertigem, de 1990, ambos traduzidos por José Marcos Mariani Macedo. Os outros dois títulos públicados em português são da editora Record: Os Anéis de Saturno, de 1995, e Os Emigrantes, de 1992.

A revista Trópico publicou, na época do lançamento de Os Anéis de Saturno, em 2002, um ótimo artigo sobre o escrito alemão. Assinado por Flavio Moura, o texto revela que “o culto a uma morbidez silenciosa, a um mundo de sombras que já desistiu de se iluminar, é uma constante nos livros do autor” e “em certas passagens temos a impressão de que o narrador é um médico com olhos apenas para as enfermidades, sejam elas perpetradas pela passagem do tempo ou pela ação do homem.”

Leia o obtuário de W. G. Sebald no The Guardian.

Sobre Austerlitz, o último romance de W. G. Sebald:

“O professor de história da arquitetura Jacques Austerlitz explora a estação ferroviária de Liverpool Street, em Londres, coletando material para pesquisas, quando é tomado por uma visão que talvez o ajude a explicar não a ‘arquitetura da era capitalista’, mas o sentimento incômodo de ter vivido uma vida alheia. A partir dessa experiência, suas andanças pelas ilhas britânicas e pelo continente europeu, sua mania fotográfica e sua memória minuciosa ganham ímpeto bem mais que acadêmico – Austerlitz passa a reconstruir sua própria biografia. Para cumprir a tarefa – ou seu destino -, o herói do romance terá de ir e vir entre várias décadas, muitos países e os cenários mais díspares – um lar protestante no interior de Gales, um internato britânico, uma biblioteca em Paris, fortificações, palácios, campos de concentração, monumentos e banheiros públicos. No fim da viagem – que converterá a biografia mais íntima do professor em cifra da história européia no século XX -, está o momento em que tudo começou, com outros nomes, em outra língua, em outra estação ferroviária, quando os horrores da Segunda Guerra começavam a se anunciar.”

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