O herói da nossa gente já dizia, “ai, que preguiça!”. Transformado em livro, o ciclo de conferências Elogio à preguiça, organizado por Adauto Novaes, propõe uma reflexão sobre a preguiça e o ócio, criativos, lembrando o que dissera Albert Camus: “São os ociosos que transformam o mundo porque os outros não têm tempo algum”. As palestras propuseram-se a pensar a vida e as aventuras da preguiça, e a mostrar que sua história sempre foi mal contada. Sugerem reflexões sobre a condenação da preguiça, pelo mundo do trabalho mecânico, e sobre a importância do ócio no desenvolvimento do trabalho intelectual e artístico. Visões filosóficas, políticas, poéticas.
Segundo Adauto Novaes, “o preguiçoso é indolente, improdutivo, nostálgico, melancólico, indiferente, distraído, voluptuoso, incompetente, ineficaz, lento, sonolento, silencioso: quem se deixa levar por devaneios”. Pórem, “apesar da oposição, preguiça e trabalho guardam um misterioso parentesco, quase simétrico e especular”. E conforme Adauto cita Paul Valéry, “é preciso ser distraído para viver”. Continue lendo
Send to Kindle


