Mais uma polêmica envolvendo o Ministério da Educação. Em resumo, o MEC aprovou o uso de um livro didático de português que informa o aluno da existência de um modo de uso da língua – as variantes linguísticas – onde a concordância é diversa daquela no padrão da norma culta. A imprensa divulgou a notícia com as seguintes variações de título: “Livro didático do MEC tem erro de português“, no JT; “MEC distribui livro que aceita erros de português“, do Globo; “Livro distribuído pelo MEC defende errar concordância“, da Folha; até a Academia Brasileira de Letras lançou nota criticando “o livro didático distribuído pelo MEC (Ministério da Educação) que defende erros de português”.
Notem que o livro preocupa-se em mostrar que o preconceito tem origem no fato de que “muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas“. Com base nos títulos de matérias acima apontados, fica claro que a mídia insiste neste erro.
A página problemática é esta:
Lido o texto, compartilho um link para o artigo do professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp, Sírio Possenti, que expõe a visão do linguista em relação a polêmica e o absurdo da opinião da maioria dos jornalistas que repreenderam a decisão do MEC: Aceitam tudo, por Sírio Possenti para o Terra Magazine.