Arquivos da categoria: Últimas

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O livro didático e as variantes orais da língua materna

19 maio, 2011 | Por admin

Mais uma polêmica envolvendo o Ministério da Educação. Em resumo, o MEC aprovou o uso de um livro didático de português que informa o aluno da existência de um modo de uso da língua – as variantes linguísticas – onde a concordância é diversa daquela no padrão da norma culta. A imprensa divulgou a notícia com as seguintes variações de título: “Livro didático do MEC tem erro de português“, no JT; “MEC distribui livro que aceita erros de português“, do Globo; “Livro distribuído pelo MEC defende errar concordância“, da Folha; até a Academia Brasileira de Letras lançou nota criticando “o livro didático distribuído pelo MEC (Ministério da Educação) que defende erros de português”.

Notem que o livro preocupa-se em mostrar que o preconceito tem origem no fato de que “muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas“. Com base nos títulos de matérias acima apontados, fica claro que a mídia insiste neste erro.

A página problemática é esta:

Página do livro didático com a polêmica do ensino da Variante Oral na Língua Portuguesa

Lido o texto, compartilho um link para o artigo do professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp, Sírio Possenti, que expõe a visão do linguista em relação a polêmica e o absurdo da opinião da maioria dos jornalistas que repreenderam a decisão do MEC: Aceitam tudo, por Sírio Possenti para o Terra Magazine.

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A parasita azul, de Machado de Assis em eBook

13 maio, 2011 | Por admin

“A parasita azul” apareceu primeiramente em quatro partes, entre junho e setembro de 1872, no Jornal das Famílias… O conto foi quase completamente negligenciado pela crítica. A única exceção importante é um artigo de Brito Broca, “Um conto romântico”… O enredo é simples. Poderia ser descrito como uma versão da parábola do filho pródigo ou, de modo mais interessante, como uma combinação do filho pródigo e da bela adormecida… Isso não é simplesmente uma questão de o enredo ser desimportante e de a mensagem real da história estar na sátira… Aqui está o mais óbvio caso de cisão, em que a história vai numa direção e o significado em outra. A parasita, a flor oferecida à dama, é um motivo romântico, mas não pode haver dúvida de que essa parasita é mais que uma flor – obviamente é o próprio Camilo. Podemos ver por que ele é um parasita – um tipo social por quem Machado demonstrou interesse considerável…”

Os fragmentos acima foram extraídos do brilhante ensaio do professor inglês John Gledson, estudioso de Machado de Assis, publicado no Caderno de Literatura edição especial Machado de Assis. O artigo pode ser lido na íntegra através do site do IMS.

Inspirado neste ensaio, resolvi transformar em eBook este conto Machadiano: A Parasita Azul, de Machado de Assis.

 

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eBooks Satíricos

13 maio, 2011 | Por admin

Ontem resolvi abrir o InDesign 5 e criar um eBook em formato ePub. Abri a página do portal Domínio Público e fui buscar uma compilação de poemas do poeta satírico Gregório de Mattos. Achei um PDF digitalizado por um tal “Projecto Vercial – Literatura Portuguesa” cujo site http://www.ipn.pt/opsis/litera/ não existe mais. Passei todo o texto para o InDesign, criei os estilos de parágrafo, separei os poemas como documentos num arquivo Book. Baixei o Sigil para poder alterar o código fonte dos xhtml e da folha de estilo CSS sem ter que recompilar (rezipar, não sei qual o termo) o ePub novamente. O resultado final foi esse:

Seleção de obras poéticas de Gregório de Mattos

Bem simples, sem nenhuma imagem ou delírio tipográfico. Gostaria que vocês testassem o arquivo, principalmente em e-readers e tablets aos quais não tenho acesso. Só consegui testar no Adobe Digital Editions que tenho instalado aqui no Desktop.

Quero começar a transformar em ePub uma série de textos satíricos em domínio público da literatura nacional e estrangeira, mas para tal preciso ter certeza de que o resultado final não seja um mero PDF porcamente convertido em eBook.

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Gramática de Usos do Português – 2ª Edição

29 março, 2011 | Por admin

Gramática de usos do português, da professora da Unesp Maria Helena de Moura Neves sempre foi uma obra de referência no meio acadêmico. Este guia tornou-se invendável depois que em janeiro de 2009 entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Estê mês, 2 anos e 2 meses após o novo acordo, a Editora Unesp lançou a 2ª edição da obra atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa.

Da descrição do livro: “[A Gramática de usos do português] tem como objetivo possibilitar uma descrição do uso efetivo dos itens da língua, transformando-se em gramática referencial do português. Prático, mas de orientação teórica definida, é dirigido a toda a comunidade de usuários do idioma, tanto para o falante comum, que pode obter orientação sobre o uso eficiente dos recursos de sua língua, como para o estudioso do Português, que nele pode encontrar uma fonte de dados para pesquisas.”

Gramática de usos do Português - 2ª edição atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa

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Feira do Livro Infantil de Bologna 2011

29 março, 2011 | Por admin

Começou ontem, 28 de março de 2011, a tradicional Feira do Livro Infantil de Bolonha (Bologna): o evento internacional de literatura infantojuvenil mais importante do mundo! Nossa sempre grande representante é a Editora CosacNaify. A editora escreveu em seu blog: “A Cosac Naify é destaque logo na entrada, com Mil-folhas – História ilustrada do doceA janela de esquina do meu primo, livros premiados na edição deste ano.”

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João Felpudo, ou histórias divertidas com desenhos cômicos do Dr. Heinrich Hoffmann

29 março, 2011 | Por admin

Olha só que belo lançamento da Editora Iluminuras na área de literatura infanto-juvenil:

“Quando o médico psiquiatra, pensador liberal e intelectual Heinrich Hoffmann (1809-1894) quis providenciar um livro como presente do Natal de 1844 para o filho mais velho Carl, de três anos, teve muitas dificuldades – como contou no texto reproduzido em posfácio desta edição. E quando então resolveu ele mesmo escrever e ilustrar um, nem com toda imaginação previu que Der Struwwelpeter se tornaria um dos maiores best sellers da literatura infantil de todos os tempos.”

 

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International Shipping available at 30porcento Bookstore

29 março, 2011 | Por admin

Ladies & Gentlemen: I officially announce that 30porcento Bookstore is ready to ship books to 41 countries throughout the world! Here is the list of the shipping costs, in Brazilian currency. Note that the prices below refer to packages with maximum 2 kilograms:

Algeria R$60
Argentina R$29
Australia R$60
Austria R$43
Belgium R$43
Canada R$41
China R$60
Colombia R$31
Costa Rica R$41
Cuba R$41
Denmark R$43
Dominican Republic R$41
Finland R$43
France R$43
Germany R$43
Greece R$43
Hungary R$43
Iceland R$43
India R$60
Ireland R$43
Israel R$60
Italy R$43
Japan R$60
Mexico R$41
Netherlands R$43
New Zealand R$60
Norway R$43
Peru R$31
Portugal R$43
Puerto Rico R$41
Russia R$60
South Africa R$60
Spain R$43
Sweden R$43
Switzerland R$43
Thailand R$60
Turkey R$60
Ukraine R$43
United Kingdom R$43
United States R$41
Venezuela R$31
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Morreu Thomaz Farkas (1924-2011)

29 março, 2011 | Por admin

Morreu no último dia 25 de março de 2011 um dos pioneiros e grande fotógrafo brasileiro (era húngaro de nascença) Thomaz Farkas. Para quem nao chegou a conhecer o trabalho do artista “entre 28 de janeiro e 3 de abril, o Instituto Moreira Salles de São Paulo apresenta a exposição Thomaz Farkas: uma antologia pessoal, retrospectiva da obra do consagrado fotógrafo húngaro, naturalizado brasileiro.”

No catálogo da livraria 30porcento possuímos um único título disponível de Farkaz com fotografias realizadas no Nordeste e do Norte brasileiros entre 1964 e 1972, que receberam o título de Notas de viagem.

Não lembro quem foi mas compartilharam pelo Twitter um documentário do Ricardo Dias e Thomaz Farkas realizado em 2007 e que foi chamado de Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba:

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lançamentos

O procedimento de César Aira

1 março, 2011 | Por admin

César Aira (1949) é argentino natural de Coronel Pringles e já publicou mais de 60 livros. O mais recente foi lançado a poucos dias pela casa editorial La Bestia Equilátera: El mármol. O autor já esteve no Brasil: dividiu, na edição de 2007 da FLIP, a mesa “Dois lados do Balcão” com o ensaísta e crítico literário brasileiro Silviano Santiago, na qual discutiram as influências e sobreposições das formas de criação literária ficcional e ensaística. Enfim. O que me interessa neste artigo é traduzir um pequeno trecho de uma matéria que saiu na última edição da Revista Ñ sobre o boom literário que se tornou César Aira no exterior. O trecho em questão explica o procedimento criativo usado por Aira para escrever seus textos:

“O procedimento, como Aira o chama, é o aspecto mais fascinante e perturbador de sua obra. Implica em aderir a um ritual invariável: desde o papel especial para escrever que Aira compra da empresa que produz as cédulas para a casa da moeda argentina até a tinta fina para as penas Mont Blanc e Vuitton que utiliza para intensificar a sensação de que a cada dia cria um “desenho escrito”. Este desenho diário é feito em uma série de cafés em seu bairro de Flores [Buenos Aires]. Quando termina o trabalho do dia, a história deve avançar, nunca retroceder, o que Aira chama de “a fuga para frente” (fuga hacia adelante). Não é escrita automática nem “a primeira ideia é a melhor”, tal como abordam outros experimentalistas: a composição é lenta, deliberada, em raras ocasiões produz mais de uma página por dia. Uma vez que Aira termina o trabalho, as revisões são, não obstante, estritamente proibidas. A história deve desenvolver-se a partir do que foi escrito no dia anterior, o que o obriga a formular ideias e giros argumentativos sempre novos.” (Michael Greenberg, publicado na The New York Review of Books e traduzido para o espanhol por Cristina Sardoy para a Revista Ñ)

A fama mundial que César Aira adquiriu no exterior se deve em grande parte ao falecido escritor chileno Roberto Bolaño. A primeira publicação em inglês de Aira saiu em 2006, nos EUA, prefaciada por Bolaño, que escreveu: “Aira é um dos três ou quatro melhores escritores em espanhol da atualidade.” Além do reconhecimento internacional, a Revista Ñ menciona, no subtítulo da matéria mencionada acima, que César Aira é, hoje, o escritor mais discutido na Argentina.

 

No Brasil pouquíssimas traduções do autor foram publicadas. Podem ser encontrados os livros Um Acontecimento Na Vida do Pintor-Viajante e As Noites de Flores que foram publicados pela Editora Nova Fronteira, Trombeta de Vime pela Iluminuras e um Pequeno Manual de Procedimentos, que saiu em 2007 pela Arte e Letra.

Linkografia

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Editora Mercado de Letras

25 fevereiro, 2011 | Por admin

Hoje terminei de cadastrar em nosso acervo o catálogo completo da Editora Mercado de Letras. Localizada em Campinas-SP, “a Editora Mercado de Letras surgiu no início dos anos 1990, como uma editora de Linguística, Linguística Aplicada, Leitura, Teoria Literária e áreas afins, tendo como uma de suas idealizadoras a pensadora da linguagem Maria de Lourdes Meirelles Matencio (Malu).”

A editora possui em nosso catálogo 209 livros cadastrados em áreas como Linguística, Letramento, Formação de Professores e Educação. Publicam uma série dedicada a obra do pensador russo Mikhail Bakhtin e outras publicações acadêmicas. Diferenciam-se da maioria das outras editoras pois imprimem baixas tiragens dos volumes publicados já que usam quase que exclusivamente o sistema Book On Demand da Gráfica Bandeirantes.

Há pouco dias a editora inaugurou seu novo portal na internet, reformulado e com a opção de compras on-line: http://mercado-de-letras.com.br/

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Cadastro Nacional de Livros

25 fevereiro, 2011 | Por admin

Em nota divulgada ontem, 24 de fevereiro de 2011, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), ficamos sabendo que desceu do plano onírico o tão esperado Cadastro Nacional de Livros. Do encontro ocorrido na sede da CBL, em Pinheiros, São Paulo, nasceu “o convênio entre a Câmara Brasileira do Livro e a Federación de Gremios de Editores de España (FGEE), para permitir o desenvolvimento do projeto de criação do Cadastro Nacional de Livros no Brasil.”

O modelo a ser implementado será baseado no espanhol Dilve: Distribuidor de información del libro español en venta, que atualmente conta com 300.495 livros cadastrados e oferece gratuitamente serviços para editores, livreiros, distribuidores e bibliotecas. “Dilve es una plataforma, basada en Internet, para todos los profesionales de la cadena del libro, que permite la gestión y distribución de información bibliográfica y comercial del libro. De forma fácil y rápida, se pueden cargar y extraer los datos de cada obra junto con contenidos ricos (cubiertas, resúmenes, fragmentos…).”

O ganho em organização e qualidade de informação para o nosso bagunçado mercado editorial é evidente. Principalmente para nós, livrarias independentes, que sofremos com a falta de centralidade da fonte de informações e com a precariedade no atendimento prestado por algumas editoras e distribuidoras. Para nós da 30porcento a grande fonte de informações atualmente é a internet, de onde tiramos os detalhes que abastecem nosso banco de dados.

Esperamos que o desenvolvimento do projeto conte com a participação de pessoas envolvidas nos diversos níveis do mercado editorial brasileiro, para que assim moldemos um sistema apto a suprir as necessidades específicas que enfraquecem nossa estrutura editorial. Como resultado poderemos ter o fortalecimento de pequenas grupos editoriais e livrarias. A centralização da informação pela internet acaba – como de praxe – por democratizar o direito a seu acesso.

DILVE es una plataforma, basada en Internet, para todos los profesionales de la cadena del libro, que permite la gestión y distribución de información bibliográfica y comercial del libro. De forma fácil y rápida, se pueden cargar y extraer los datos de cada obra junto con contenidos ricos (cubiertas, resúmenes, fragmentos…).
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A quem pertence Kafka?

24 fevereiro, 2011 | Por admin

Um rápido resumo da ópera: Kafka fez de um tal Max Brod seu executor literário, deixando os direitos de todos os seus escritos, publicados e não publicados, a seus cuidados. Além disso, era sua vontade que todos os manuscritos fossem destruidos assim que morresse: “Querido Max, meu último desejo: Tudo que eu deixar pra trás . . . sejam diários, manuscritos, cartas (minhas e de outros), esboços e etc., deve ser queimado sem ser lido.” Brod recusou-se a realizar o desejo do escritor tcheco e publicou boa parte dos escritos: O Processo, O Castelo e Amerika, por exemplo, foram editados entre 1925 e 1927. Após a morte de Brod em 1968, cerca de dois terços do espólio kafkiano já pertencia à Biblioteca Bodleian de Oxford; o restante passou à guarda de Esther Hoffe, secretária de Brod. Hoffe, por sua vez, guardou os escritos até 2007, quando veio a falecer aos 101 anos de idade. Foi quado a Biblioteca Nacional de Israel decidiu entrar na justiça contestando a decisão de Hoffe de transferir o material para suas herdeiras,  Eva Hoffe e Ruth Wiesler: “A biblioteca não pretende abrir mão de um bem cultural que pertence ao povo Judeu… Pois não é uma instituição comercial e os itens mantidos na biblioteca são acessíveis a todos sem qualquer custo; a livraria continuará esforçando-se para conseguir a posse dos manuscritos que foram encontrados.”

O processo já dura mais de 2 anos e foi tema de dois artigos que aqui recomendo: o primeiro deles, publicado ano passado pelo The New York Times: Kafka’s Last Trial, escrito por Elif Batuman;  o segundo, recém publicado na nova edição da London Review of Books, intitulado Who Owns Kafka?.

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O mercado editorial no Peru

7 fevereiro, 2011 | Por admin

Do boletim da Universidade do Livro da Editora Unesp:

O Peru vive, há dez anos, um crescimento econômico que ampliou o mercado interno e o consumo. A criação de novas escolas e centros de ensino, a melhoria dos índices de alfabetização, o impulso do Plano de Leitura e a inclusão de novos grupos sociais na aquisição de livros geraram uma série de transformações. Entre elas estão a formação de novos pontos de venda como livrarias, supermercados e bancas além da fundação de novas editoras e distribuidoras que lançam títulos os mais variados, da área infantil à acadêmica.

Estas e outras questões serão abordadas, permitindo a reflexão sobre as diferenças e semelhanças com o mercado brasileiro e os possíveis elos de colaboração entre Brasil e Peru.

Manuel Herrán Sifuentes tem formação em edição pela Universidade de Buenos Aires e Fundação Gutenberg na Argentina e em gestão de vendas pela Universidade Argentina da Empresa. Estudou Direito e Ciências Políticas no Peru; trabalhou como capacitador docente em diversas editoras na Argentina e Peru. Hoje é consultor editorial com participação em diversas Feiras do livros na América Latina: Buenos Aires, Bogotá, Montevidéu, Santiago do Chile e Lima. Foi professor na área de Formação de Editores na Universidade Antonio Ruiz de Montóia e na Universidade Ricador Palam em Lima. Coordena o Programa Acadêmico do Livro na Universidade Ricardo Palma.

A palestra será em Espanhol e a mediação estará a cargo do Prof. José Castilho Marques Neto.

Data: 10 de fevereiro de 2011 (quinta-feira)
Horário: das 19h às 20h
Telefone: (011) 3242-9555
Local: Fundação Editora da Unesp, Universidade do Livro: Praça da Sé, 108, 7o andar.
Inscrições: envie seu nome completo, contato telefônico e nome da empresa, se houver para nilza.kanai(at)editora.unesp.br
Entrada Franca

Uma ótima livraria/editora peruana que conheci foi a Libro Andino, fundada há 7 anos em Arequipa, no Peru.  Como acontece com muitas editoras peruanas, esta especializou-se na publicação e venda de livros cuja temática é o Mundo Andino e seus antepassados Incas. Como diz o site da livraria, “formamos el mayor fondo especializado de conocimiento de una de las culturas más maravillosas del mundo.”

http://30porcento.com.br/admin/por_editora.php
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Mercado Editorial Boliviano

31 janeiro, 2011 | Por admin

Este artigo é uma tradução livre de uma nota publicada no suplemento cultural Ñ do periódico argentino Clarín em 9 de outubro de 2010.  Na época, o mercado editorial argentino estava em alvoroço por serem os convidado de honra e país homenageado na edição de 2010 da colossal Feira do Livro de Frankfurt.  O autor do artigo é Marcelo Pissaro.

Feira do Livro Boliviana – Quão lonje dos stands de Frankfurt

“Terminou esta semana em Sucre, Bolívia, a II Feira Internacional do Livro. Houve pouca informação. Uma vintena de mesinhas no pátio da Casa Argandoña, dez ou quinze volumes por mesa. Alguns filmes, conferências para poucos, show de marionetes. Pouca coisa mais. O mercado editorial boliviano é peculiar. Em quase todas as cidades (e ao dizer “quase todas” são mais “todas” do que “quase”) os poucos livros a venda se encontram em lojas chamadas “livrarias”, onde os livros ocupam o segundo plano atrás de estantes com lápis, cadernos, apontadores, colas, atlas, tintas, mochilas, etc.: aquilo que aqui chamamos de artigos de livraria. Não se encontram muitas livrarias no sentido de “estabelecimentos que vendem livros”. Em Potosí, por exemplo, cidade mencionada por Cervantes no Quixote, apenas se vêem três pequenas lojas com volumes na maioria pirateados; há uma “Praça do Livro”, com placa de bronze e tudo”, porém não há lojas de livros e sim lanchonetes. Assim que a modesta feira de Sucre não destoou do clima editorial da nação vizinha. Um detalhe: algumas mesas tinham um só livro, talvez dois ou três, e então descubria-se que a foto do autor na contracapa correspondia ao rosto da pessoa que atendia no stand, ou seja, na mesa. Havia algum tipo de heroísmo neles.”

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