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Dicionário de tradutores literários do Brasil

9 maio, 2008 | Por admin

Eis uma iniciativa muito interessante do Núcleo de Pesquisas em Literatura e Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que é um mapa dos tradutores literários no Brasil batizado como Ditra – Dicionário de tradutores literários do Brasil (clique aqui para ir direto à página oficial do dicionário). A partir de uma base extensa que é o Index Translationum, uma compilação da UNESCO da bibliografia internacional de traduções, criada em 1932, uma equipe de professores e alunos do “projeto integrado Tradução, Tradição e Inovação: o papel das traduções do alemão, espanhol, francês, italiano e latim no sistema literário brasileiro (1970-2005), do Grupo de Pesquisa Literatura Traduzida” catalogou “apenas uma fração dos milhares de tradutores existentes no país”. Abra o endereço de consulta aqui e divirta-se.

“Tradução é uma atividade que exige exatidão, pois caso contrário o pensamento se perde. Por existirem teses que são traduções, há uma maior importância, pois a tradução que parte da pessoa que a quer interpretar é sempre melhor, é como se a pessoa afinasse o seu instrumento, sem citar que surgem descobertas de algumas soluções de tradução que em vez de ser uma proeza intelectual de alguém se torna uma produção coletiva, colaborando, também, para a formação de uma linguagem e bibliografia filosófica brasileira”. (Rubens Rodrigues Torres Filho)

Canto III Indiferentes

Miquel Barceló – Infierno. Canto III.

Vestíbulo: Indiferentes

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Comentários

Uma ideia sobre “Dicionário de tradutores literários do Brasil

  1. Margarida

    “Na visão profundamente humanista do velho poeta, ‘literatura universal’ não significava um cânone das criações mais extraordinãrias, e por assim dizer, ‘atemporais’ ou ‘eternas’, das várias literaturas nacionais e, muito menos, uma soma meramente quantitativa de obras literárias de todas as culturas e épocas. Significava antes um conceito dinâmico de intercâmbio artístico, espiritual e intelectual entre as nações, correspondente à aceleração, no século XIX, do avanço tecnológico, do comércio internacional, dos meios de comunicação. Avesso a toda forma de nacionalismo (assim como à celebração do mero desenvolvimento técnico e material de uma era ‘velocífera’), Goethe sempre procurou associar o conceito de literatura universal ao processo de uma crescente aproximação e compreensão entre os povos – ‘e, mesmo que estes não possam se gostar entre si, que ao menos aprendam a se tolerar uns aos outros’. Atribuía ao trabalho de tradução um papel fundamental na contituição da literatura universal e, nesta perpectiva, seria plenamente legítimo homenagear a longa dedicação de Jenny Klabin Segall a esta obra magna com palavras goethianas que enaltecem tal ofício de promover o contato e o enriquecimento mútuo entre os povos e as culturas: ‘ E assim deve ser visto o tradutor, já que se empenha enquanto mediador nesse amplo comércio espirirtual e toma a si a incumbência de fomentar o intercâmbio. Pois não importa o que se possa dizerdas insuficiências da tradução, está é e permanecerá um dos negócios mais importantes e dignos na movimentação geral do mundo”. (Mazzari, Marcos Vinícius, Apresentação à Primeira parte de Fausto, de Goethe, na edição da Editora 34)

    (para não dizer que não ajudei na divulgação! Aqui, na 30PorCento, a Primeira Parte de Fausto, de Goethe, de R$ 64,00 por R$ 44,80)

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