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lançamentos

Hotel Novo Mundo – Ivana Arruda Leite

10 junho, 2009 | Por admin

A editora 34 é uma daquelas editoras que fogem da segurança de publicar antologias e retrospectivas de romancistas consagrados e apostam nas novas gerações – boas ou más – de escritores brasileiros. Foi assim com Isaias Pessoti na década de 90, e é agora com Ivana Arruda Leite. Natural de Araçatuba e formada em sociologia pela USP, Hotel Novo Mundo é o primeiro romance publicado pela autora (que já havia publicado contos e uma novela).

Ivana mantém um blog desde 2007no endereço http://doidivana.wordpress.com/, atualizado com fiel frequência.

O livro se passa num hotel barato do centro de São Paulo, onde se cruzam as histórias de várias personagens, tendo como elo de ligação a figura de Renata, uma ex-prostituta que, traída pelo marido rico, abandona sua casa no Rio de Janeiro e transfere-se para a metrópole paulistana.

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Artes Plásticas

Nicolas Poussin

9 fevereiro, 2009 | Por admin

Escrevi recentemente um artigo sobre a restauração da maior obra de Poussin, Hymenaeus Travestido Durante Um Sacrifício a Príapo (leia aqui). Lendo um ensaio no volume 1, O mito da pintura, da coleção A Pintura, textos essenciais, da editora 34, deparei-me com um texto de um antiquário italiano, Giovanni Pietro Bellori, que havia entrado em contato com os pintores da pequena “colônia” francesa em Roma – Nicolas Poussin e Charles-Alphonse Du Fresnoy.

Diz o texto introdutório que Bellori teve a oportunidade de observar Nicolas Poussin, seus habitos e sua vida cotidiana. Transcrevo o texto de Bellori que é um trecho de seus escritos Le vite de’ pittori, scultori et architetti moderni:

Vida de Nicolas Poussin

[…] Dessa maneira, Poussin trabalhava suas belas concepções e, solicitado de todos os lados a pintar, recusava-se, aceitando somente aqueles trabalhos que pudesse produzir num determinado tempo, pois não queria despender mais anos com os quadros do que havia prometido, nem costumava prolongar-lhes a execução. Tinha ele um estilo de vida extremamente ordenado, porque muitos são aqueles que pintam por capricho e, durante algum tempo, com grande ardor, mas depois se cansam e, por um grande período, deixam os pincéis. Nicolas tinha o costume de levantar-se cedo e fazer exercícios durante uma hora ou duas, às vezes caminhando pela cidade, mas quase sempre pelo monte da Trinità, que é o monte Pincio, não distante de sua casa, ao qual se chega por uma pequena e deliciosa ladeira de árvores e fontes, e de onde se divisa uma belíssima visão de Roma e de suas colinas amenas, que, ao lado de seus edifícios, costituem palco e platéia. Ali entretinha-se com seus amigos em curiosos e doutos discursos. Ao voltar para casa, sem interrupção, punha-se a pintar até o meio-dia e, depois de descansar o corpo, pintava ainda por algumas horas. E assim, por meio de estudo contínuo, realizou uma obra maior do que qualquer outro pintor com mais habilidade prática. À noite saía novamente e caminhava ao pé do mesmo monte ou pela praça, entre os estrangeiros que costumam frequentá-la. Estava ele sempre sempre rodeado de seus familiares, que o seguiam, e aqueles que pela fama desejavam vê-lo e conversar com ele amigavelmente, encontravam-no lá, que admitia em sua presença qualquer homem de bem. Ouvia com prazer os outros, e gravíssimos eram os seus discursos, recebidos com atenção; falava com frequência sobre arte, e com tanta eloquência que não somente os pintores, mas também os homens de engenho vinham aprender de sua boca os mais belos sentidos da pintura; não tinha o desejo de ensinar, mas nessas ocasiões discursava. Tendo ele lido muito e muito observado, não havia nada em seu falar que não tivesse contemplado, e suas palavras e seus conceitos eram de tal modo apropriados e ordenados que pareciam não fruto do momento mas de longos e meditados estudos. Isso era fruto de seu bom gênio e da leitura variada, não digo que de histórias, fábulas e erudições somente, nas quais se destacava, mas de outras artes liberais e da filosofia. Para esse fim, ele se servia de sua memória da língua latina, ainda que imperfeitamente, e sabia tão bem a italiana como se lá houvesse nascido. Era perspicaz no entender, no escolher e no conservar tudo na memória, que são os dons mais desejáveis da mente. Prova de seu saber são as figuras que ele desenhou no tratado de pintura de Leonardo da Vinci, impresso com seus desenhos em Paris, no ano de 1651.

fonte: Giovanni Pietro Bellori, Le vite de’ pittori, scultori et architetti moderni, Roma, Arnaldo Forni Editore, 1977, fac-símile da edição de 1672, pp. 435-6

tradução: Ana Elvira Luciano Gebara

Hymenaeus Travestido Durante Um Sacrifício a Príapo

Hymenaeus Travestido Durante Um Sacrifício a Príapo, de Poussin

Regina Costa Pinto Moreira, restauradora de renome e de vasta experiência, que será a responsável pela restauração:

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Agenda

Indicação para alunos entre 11 e 14 anos

8 fevereiro, 2009 | Por admin

Recebi um email agora a pouco de uma professora de redação do ensino fundamental II numa escola da cidade de Sertãozinho, SP, cujos alunos têm entre 11 e 14 anos, interessada em adotar alguns títulos da coleção infanto juvenil da editora 34. Enviei os links do google books dos livros que ela pediu, e achei uma boa indicação:

A pequena marionete, de Gabrielle Vincent
http://books.google.com/books?id=DBR7PTBQvI8C&pg=PT80#PPP1,M1

As aves, Aristófanes
http://books.google.com/books?id=dO75qw7HlukC&pg=PP1

Tudo tem a sua história, de Duda Machado
http://books.google.com/books?id=ZRnZnRbQi30C&printsec=frontcover#PPP1,M1

O jardim secreto, de Frances H. Burnett
http://books.google.com/books?id=BA5XP3EAMXEC&printsec=frontcover

Histórias da pré-história, de Alberto Moravia.
http://books.google.com/books?id=cTGkfpJjhi0C&pg=RA1-PA240#PPP1,M1

Todos os livros estão disponíveis no site da Livraria 30PorCento.

A pequena marionete, As aves, Tudo tem a sua história, O jardim secreto, Histórias da pré-história.





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Literatura

Prêmio Jabuti 2008 – hoje (23/09/2008) sai a lista de ganhadores

23 setembro, 2008 | Por admin

Este foi o subtítulo da materia de capa do Caderno 2 do Estadão: “Anúncio hoje dos vencedores do Jabuti esquenta a vida literária no País e no mundo, com escritores de olho no reconhecimento e em polpudas gratificações”. Contando só com o Jabuti, a palavra polpudas refere-se à ínfima premiação de R$ 3.000,00 reais por categoria, com exceção para o título de Livro do Ano que receberá, dia 30 de outubro na premiação oficial, R$ 30.000,00. São 200 finalistas em 20 categorias. Os finalistas que foram publicados por editoras parceiras da Livraria 30PorCento são:

(a lista pode ser conferida no site especial: http://30porcento.com.br/premio_jabuti_2008.html)

Prêmio Jabuti 2008 - hoje (23/09/2008) sai a lista de ganhadores

Na categoria Melhor Tradução está o livro

Michelangelo: Cinquenta Poemas, traduzido por Mauro Gama e publicado pela Ateliê Editorial.

Para o Melhor Livro de Arquitetura e Urbanismo, fotografia, Comunicação e Artes a Cosac Naify tem nada menos que 3 finalistas:

Tropicália – Uma revolução da Cultura Brasileira,
de Carlos Basualdo.

Caixa Tunga.

Paulo Mendes da Rocha: Projetos 1999-2006

Na disputa pelo Melhor Projeto Gráfico a Cosac Naify também entrou com 2 livros:

A Fera na Selva, projeto gráfico de Luciana Facchini.
e
Experiência NeoConcreta, também de Luciana Facchini.

Em Melhor Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil

Cosac Naify: João Felizardo – O Rei dos Negócios, ilustrado por Angela-Lago.

Melhor livro de economia, administração ou negócios
Trajetórias: Capitalismo neoliberal e reformas economicas nos países da periferia, de Sebastião Carlos Velasco e Cruz, da Editora Unesp.

Para a categoria de Melhor livro de biografia do ano

Grande Otelo: Uma Biografia, por Sérgio Cabral da Editora 34.

Para a Melhor capa, como de costume, Cosac Naify:
Alexandre Herchcovitch (coleção moda brasileira, vol. 1). Capa de Elaine Ramos da Cosac Naify.

Objetos de Desejo. Capa de Flávia Castanheira, da Cosac Naify.

Melhor Livro de Poesia

Sangüínea, de Fabiano Calixo, pela Editora 34.

Belvedere [1971-2007], de Chacal pela Cosac Naify.

E por último, como Melhor Livro de Romance publicado

Antonio, de Beatriz Bracher da Editora 34.

Longe de Ramiro, de CHico Mattoso da Editora 34.

Acesse esta lista no site especial para o Prêmio Jabuti 2008 na Livraria 30PorCento: http://30porcento.com.br/premio_jabuti_2008.html)

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Bibliografias

Bibliografia sobre Macunaíma*

6 maio, 2008 | Por admin

*Bibliografia elaborada pelos editores especialmente para a 2a edição de “O tupe e o alaúde” de Gilda de Mello e Souza, da Editora 34.

Segue abaixo uma riquíssima bibliografia sobre a célebre obra de Mário de Andrade, que completa 80 anos de publicação neste 2008 que prossegue. Qualquer acréscimo e/ou decréscimo à lista por favor escreva.

ANTELO, Raúl. “Macunaíma e a ficção de fronteira”, Arca: Revista Literária Anual, no 1, Florianópolis, Paraula, 1993.

___________. “Macunaíma: apropriação e originalidade”, in Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Edição Crítica de Telê Porto A. Lopez. Paris/São Paulo: Archivos/Unesco/CNPq, 1988.

___________. Na ilha de Marapatá: Mário de Andrade lê os hispano-americanos. São Paulo/Brasília: Hucitec/INL/Fundação Nacional Pró-Memória, 1986.

ARANTES, Urias. “Macunaíma ou o mito da nacionalidade”, Discurso, no 20, São Paulo, Departamento de Filosofia da USP, 1993.

AVILA, Afonso. “Macunaíma: tradição e atualidade”, Suplemento Literário de O Estado de São Paulo, no 346, 7/9/1963.

BASTIDE, Roger. “Macunaíma visto por um francês”, Revista do Arquivo Municipal, no 106, São Paulo, jan.-fev. 1946.

BERRIEL, Carlos Eduardo O. “A odisséia anti-industrialista”, Folha de São Paulo, São Paulo, 9/7/1978.

___________. “A Uiara enganosa, in Berriel (org.), Mário de Andrade/Hoje. São Paulo: Ensaio, 1990.

BOSI, Alfredo. “Situação de Macunaíma”, in Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Edição crítica de Telê Porto A. Lopez. Paris/São Paulo: Archivos/Unesco/CNPq, 1988. Republicado em Céu, inferno. São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2003, 2a edição.

CAMARGO, Maria Suzana. Macunaíma: ruptura e tradição. São Paulo: Massao Ohno/João Farkas, 1977.

CAMPOS, Haroldo de. Morfologia do Macunaíma. São Paulo: Perspectiva, 1973.

CHAMIE, Mário. Intertexto: escrita rapsódica. São Paulo: Práxis, 1970.

___________. A transgressão do texto (Macunaíma: linguagem dialógica). São Paulo: Práxis, 1972.

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Artes Plásticas

‘Piero della Francesca’ e ‘Dom Quixote’, na Folha de hoje.

8 dezembro, 2007 | Por admin

O lançamento da Cosac NaifyPiero della Francesca, de Roberto Longhi – conquistou a notícia de capa da Ilustrada. Numa escalada pitoresca, saiu da última página na quarta-feira com o livro do arquiteto Marcos Acayaba e conquistou, atrevidamente, a fachada do caderno de cultura da Folha. O jornal entrevistou o historiador e antropólogo italiano Carlo Ginzburg, autor do prefácio desta primeira tradução ao português da obra do também italiano Roberto Longhi.

Obs: Acabo de descobrir que o Estado publicou, com o título de ‘Obras para entender Piero della Francesca: Estudo de Roberto Longhi e ensaio de Braudel explicam época do pintor italiano’, esse lançamento da Cosac Naify há exatamente uma semana atrás, dia 1 de dezembro. Talvez seja uma boa idéia começar a acompanhar o Estadão.

Mais à frente, na página E4, O ‘Engenhoso Cavaleiro d. Quixote de La Macha‘ finalmente dá as caras no lançamento da segunda parte da tradução de Sérgio Molina da Editora 34. Havia muito tempo que me perguntavam em feiras de livro a respeito desse livro, a tão aclamada versão bilíngue com ilustrações de Gustave Doré. A primeira parte foi lançada em 2002; um hiato de 5 anos quase intransponíveis. Façam seus pedidos!

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