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Debate: Mímeses e ficcionalidade na literatura contemporânea

11 junho, 2008 | Por admin

Das acepções de mímese do dicionário Houaiss da língua portuguesa:

2 Rubrica: literatura.
recriação, na obra literária, da realidade, a partir dos preceitos platônicos, segundo os quais o artista, ao dar forma à matéria, imita o mundo das Idéias [É na Poética, de Aristóteles, que se encontra a primeira teorização acerca desse procedimento da arte; no entanto, para este filósofo, a mimese seria a imitação da vida interior dos homens, suas paixões, seu caráter, seu comportamento etc.]
3 Rubrica: literatura.
a partir do Classicismo (sXV), princípio que orientou os artistas quinhentistas e seiscentistas que acreditavam ter a arte greco-latina qualidades superiores, devendo por isso ser imitada

O ensaista Luiz Costa Lima, professor-emérito da PUC/RJ e pesquisador nas áreas de História da Cultura Brasileira e das Poéticas da modernidade, é o palestrante e João Adolfo Hansen, livre-docente da USP, o debatedor. O debate, Mímeses e ficcionalidade na literatura contemporânea, acontece as 19 horas de hoje, 11 de junho de 2008, na sala 107 do prédio da Letras, na FFLCH.

Para conhecer Luiz Costa Lima há uma entrevista publicada na edição número 9 da revista Ipotesi, Publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras e Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora. Clique aqui para acessar a entrevista. Já João Adolfo Hansen possui 2 títulos a venda na livraria 30PorCento. Ambos são da editora da Unicamp; o primeiro deles,  Alegoria – construção e interpretação da metáfora“, apresenta um panorama dos diferentes tipos de alegoria empregados por autores da Antiguidade, da Idade Média e do Renascimento; o segundo, “A Sátira e o Engenho: Gregório de Matos e a Bahia do século XVII, aborda os poemas satíricos de Gregório de Matos, tratados retóricos da época e documentos históricos.

Não se esqueça de assistir ao debate as 19 horas de hoje, 11 de junho de 2008, na sala 107 do prédio da Letras, na FFLCH.

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Agenda

Agenda da semana (9 a 15/06 – SP)

8 junho, 2008 | Por admin

09maio

  • Filme: O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro – Glauber Rocha. O filme será exibido às 20hrs no Unibanco Artplex e será seguido por um debate com a filha do falecido diretor. (Unibanco Artplex, Shopping Frei Caneca)

10junho

  • Seminário Roberto Schwarz, do dia 10 ao dia 12. Neste dia 10 Maria Luiza Cevasco, da FFLCH, realiza uma palestra com base no texto O avesso do atraso: notas sobre Roberto Schwarz. (14 às 17 horas na sala 201 do prédio de Letras da FFLCH – gratuito)

11junho

  • Seminário Roberto Schwarz, do dia 10 ao dia 12. Neste dia 11 acontece uma mesa-redonda para debater o livro Duas Meninas, escrito por Schwarz, com os professores Edu Teruki Otsuka, da FFLCH, e André Bueno, da UFRJ. (14 às 17 horas na sala 201 do prédio de Letras da FFLCH – gratuito)
  • Alejandro Lo Celso, typedesigner, Argentina dará uma Palestra sobre Tipografía e Linguagem: identidade e nacionalismos. (às 19h, Centro Cultural São Paulo – gratuito)

12junho

  • Seminário Roberto Schwarz, do dia 10 ao dia 12. Neste dia 12 o professor Francisco Alambert, da FFLCH, fará palestra sobre Roberto Schwarz e a cultura política brasileira. (14 às 17 horas na sala 201 do prédio de Letras da FFLCH – gratuito)
  • Filme: El Caballero del Dragón. Cinema fantástico espanhol com Klaus Kinski no elenco. (ás 18hrs no CCSP)

14junho

  • Comemoração do Bloomsday, dia dedicado à obra do escritor irlandês James Joyce. Às 16hrs haverá uma mesa-redonda para debater “Joyce em Português”, com Maria Tereza Quirino (USP), Caetano Galindo (autor de tradução inédita do romance – UFPR) e Afonso Teixeira Filho (tradutor do primeiro capítulo de Finnegans Wake – USP). Mediação: Aurora Bernardini (USP). (ás 16hrs na Casa das Rosas)
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lançamentos

Joaquim Nabuco – Coleção “Prosa do Observatório” da CosacNaify

8 junho, 2008 | Por admin

A coleção Prosa do Observatório da editora CosacNaify ganhou recentemente seu quarto título: do brasileiro Joaquim Nabuco, o célebre político, diplomata, historiador, jurista e jornalista brasileiro, foi lançado o livro Balmaceda, análise dos acontecimentos políticos envolvendo o presidente do Chile José Manuel Balmaceda, do fim do século XIX.

Esta coleção tem como coordenador editorial Davi Arrigucci Jr. que define o pitoresco conjunto de títulos da seguinte forma:

“Uma coleção misturada e aberta, reunindo em livros de ficção ou ensaio escritores hispano-americanos e brasileiros que não podem deixar de ser lidos. Faz eco ao projeto de prosa experimental de Julio Cortázar, mas recolhe desde narrativas raras e estranhas do uruguaio Felisberto Hernández, até um ensaio histórico de nosso Joaquim Nabuco. Além disso, pode trazer para o diálogo textos latino-americanos de todos os tempos, sobre outras artes – pintura, arquitetura, escultura, fotografia ou cinema -, tudo de cambulhada, como diria Machado, patrono de nossas letras mestiças.”

A série compõe-se, em ordem cronológica, dos seguintes títulos:

  1. A invenção de MorelAdolfo Bioy Casares. Como bem definiu borges: “Discuti com o autor os pormenores da trama e a reli; não me parece uma imprecisão ou uma hipérbole qualificá-la de perfeita.” (De R$ 42.00 Por R$ 29.40)
  2. O cavalo perdido e outras históriasFelisberto Hernández. Do autor, Italo Calvino disse: “Felisberto é um escritor que não se parece com nenhum outro: com nenhum europeu e nenhum latino-americano; é um franco-atirador que desafia toda classificação ou rótulo, mas que se mostra inconfundível ao abrirmos qualquer uma de suas páginas.” (De R$ 47.00 Por R$ 32.90)
  3. Só para fumantesJulio Ramón Ribeyro. Seu compatriota Mario Vargas Llosa definiu: “Considero Ribeyro um contista magnífico, um dos melhores da América Latina e provavelmente da língua espanhola, injustamente não reconhecido como tal.” (De R$ 47.00 Por R$ 32.90)
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Também ainda sobre as vanguardas

2 junho, 2008 | Por admin

Seguindo as discussões levantadas pelo poeta Antônio Cícero em sua coluna sabática na Folha de S. Paulo e em seu blog sobre o crepúsculo das vanguardas, acrescento uma pertinente definição de vanguarda dada pelo poeta e crítico uruguaio Eduardo Milán – que, segundo Regis Bonvicino “ainda não encontrou espaço adequado para seu talento no Brasil, embora seja um ícone no mundo hispânico” – durante uma entrevista à revista Sibila – os entrevistadores foram Antonio Ochoa, Gabriel Bernal Granados, José Luis Molina, Ernesto Lumbreras, Hugo Gola e Bonvicino -, publicada no número 8-9 de 2005. (Você pode comprar este número da revista, publicada pela Ateliê Editorial, no site da 30PorCento por R$22.40).

No início da entrevista, Hugo Gola pede a opinião de Milán a respeito da declaração proferida pelos porta-vozes da pós-modernidade sobre a morte das vanguardas:

“Os porta-vozes da pós-modernidade declaram enfaticamente que a vanguarda morreu (como se a busca de respostas inéditas para a passagem do homem pela terra pudesse morrer). Reduzir a vanguarda às inovações do primeiro quarto do século XX, e sustentar sua vigência atual, é um anacronismo, mas reinvindicar uma atitude crítica frente à realidade e diante da linguagem não é introduzir uma dinâmica válida para a literatura e a arte de qualquer época? Qual o seu ponto de vista?”

Eduardo Milán respondeu:

“Sem dúvida, a atitude crítica frente à realidade e diante da linguagem não parece ser uma opção, mas sim a única possibilidade de que a poesia e a arte continuem ativas, vivas. Mas esta não é uma atitude específica de vanguarda. O que é específico da vanguarda é a antecipação e a invenção somadas à transformação social vital. A outra, crítica da realidade e crítica da linguagem, é uma manisfestação inequivoca da arte da modernidade. Nesse sentido, estabelece-se aquela ‘duplicidade’ de ação que Baudelaire via na arte moderna: um pé no eterno, outro na vertigem. É um paradoxo: para ser eterno, há que criticar a eternidade sem renunciar a ela e ganhar, diga-se de passagem, um lugar aqui como pertencente a este presente histórico. Creio que é pertinente não esquecer que as vanguardas são uma crítica não somente à tradição, mas também à modernidade. Refiro-me às primeiras vanguardas – dadá, cubo-futurismo, construtivismo. E uma técnica que é, certamente, quase o espírito das primeiras vanguardas: a collage. Evidentemente, não teria podido haver vanguarda sem modernidade por trás. Hoje, vinculamos a atitude crítica diante da linguagem e frente à realidade a uma atitude de vanguarda. Mas são gestos anteriores. Hölderlin, Baudelaire, Rimbaud e, sem dúvida, especialmente Malarmé, são poetas críticos nos dois âmbitos; e Laforgue e Corbière. E Rabelais, Sterne e Carroll na narrativa. O barroco poético espanhol é especialmente crítico à realidade e à linguagem. Insisto em que é uma atitude que tem uma história anterior às vanguardas. Aí tudo eclode. Não sei se Baudelaire queria mudar o mundo, creio que não, mesmo sendo sensível frente à miséria humana. E era muito crítico à realidade e à linguagem – sobretudo em seus poemas em prosa. Parece-me coerente que os pensadores pós-modernos declarem com insistência a morte da vanguarda. Em termos reais, não há vanguarda. O que há são extratos, extrapolações do corpo da vanguarda que se transformam em atitudes críticas a uma realidade como a presente, tanto artística como da própria vida. Mas são atitudes de vanguarda fora do tempo da vanguarda. Há que ter cuidado com a consideração intemporal da vanguarda, como queria Beuys. Manter o espírito crítico é a melhor maneira de manter o espírito vivo. Isso aprendemos bem da modernidade ilustrada (não sei se não foi a única coisa que aprendemos). Em todo caso, quando propomos a vigência da vanguarda para além dos procedimentos artísticos, estamos propondo a vanguarda como símbolo: de rebeldia, de transformação, de crítica à hipocrisia e à desatenção da vida. Mas é um símbolo. Outra coisa é a importância das vanguardas para a América Latina, que coincide com a nossa emancipação como arte poética, com a nossa autonomia para a participação. Darío, Vallejo, Girondo, Huidobro, Parra, a Poesia Concreta brasileira, entre outros, explicam isso.”

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Especial cosacnaify: O Passado em filme e livro + uma sacola de pano

1 junho, 2008 | Por admin

A editora Cosac Naify lançou uma sacola para os livros de O Passado. São duas versões: a primeira é o romance escrito por Alan Pauls que serviu de base para o filme de Hector Babenco. A segunda é o making of do filme, assinado pelo próprio Babenco. A sacola não é novidade na editora. Há alguns meses foi lançado uma bela sacola com 7 volumes da coleção escritoras modernistas, descrita aqui neste blog. A 30PorCento, como sempre, passa a comercializar esta coleção – com a sacola, diga-se de passagem – de R$ 118,00 Por R$ 82,60.

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Tipos Latinos 2008 – Terceira Bienal de Tipografia Latino-Americana

1 junho, 2008 | Por admin

Logo da Terceira Bienal de Tipos Latinos 2008

Inaugurou-se ontem, sábado, a terceira bienal de tipografia latino-america, no Centro Cultural de São Paulo, CCSP, as 15hrs. Houve distribuição do catálogo gratuito da bienal, água com gás, champagne e damasco. Estão preenchidos dois corredores do centro cultural, dividindo-se a exposição em 7 temas, que são:

  1. Fontes orientadas para a composição de textos breves em corpos grandes;
  2. fontes destinadas à composição de texto corrido;
  3. sistema composto por duas ou mais variantes de estilo;
  4. fontes que não priorizam a leitura;
  5. fontes desenvolvidas exclusivamente para utilização em suportes digitais;
  6. fontes não alfabéticas;
  7. trabalhos realizados utilizando fontes desenvolvidas por tipógrafos latino-americanos (em modelo exlusivo ou em combinação com outras fontes não latino-americanas).

A bienal acontece simultaneamente, além de São Paulo, em Bogotá, Buenos Aires, Caracas, Lima, Montevidéu, Santiago do Chile, Veracruz. Como define Cecilia Consolo, do comitê organizador da Tipos Latinos Brasil, a Tipos Latinos “se configura como um espaço de estudo, divulgação e fórum permanente das questões que envolvem o desenho tipográfico e o design latino-americano como uma das formas de identidade das várias culturas e nações.”

Vale a pena entrar no site e acompanhar algumas das palestras e oficinas que acontecerão durante o evento. As palestras são gratuitas e vão fornecer certificados de participação. Clique aqui para ver a programação e não se perder.

A editora cosacnaify possui um crescente número de título ligados à tipografia e ao design em geral.  Na livraria 30PorCento os principais destaques de venda são:

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Geração Berlim – A nova literatura alemã

29 maio, 2008 | Por admin

O Instituto Goethe cediou na noite de ontem, quinta feira, dia 28 de maio de 2008, uma conferência proferida em alemão – provida de tradução simultânea – pela crítica literária Maike Albath, seguida por uma rápida conversa com os editores Augusto Massi (Cosacnaify) e Maria Emília Bender (Cia. das Letras).

A conferência teve como tema a atual geração de escritores alemães rotulados de Geração Berlim. Este nome tem dupla origem: a primeira vem do fato de que a maioria dos escritores desta nova geração vivem em Berlim; a segunda surge da constatação de que são escritores que surgiram após a transferência da capital alemã de Bonn para Berlim. Em contraste à geração atual, os antigos escritores representados por Günter Grass, Hermann Lenz, Martin Walser, Christa Wolf, Hans Magnus Enzensberger e Botho Strauß foram apelidados de Geração Bonn.

A lista dos novos autores citados por Albath foi extensa. Os destaques foram o escritor Wilhelm Genazino – que lançou em 2007 Medíocre Nostalgia -, a escritora Judith Hermann – recordista de vendas – e Ulrich Peltzer (clique aqui para ler um trecho de seu livro recém lançado chamado Parte da solução ).

Para mais detalhes sobre este tema, vale a pena ler um artigo do Professor Doutor Thomas Anz ( professor titular de literatura contemporânea alemã na Philipps-Universität, em Marburg, e diretor do TransMIT-Zentrum, um instituto especializado em difusão literária nas mídias ) chamado Literatura alemã contemporânea: Gerações, tema e formas.

 -Maike Albath escreve para o Neue Zürcher Zeitung, para o Frankfurter Rundschau e para o Süddeutsche Zeitung.

Clique aqui para acessar o catálogo de literatura alemã da livraria 30PorCento.

A lista completa de autores é a seguinte: Wilhelm Genazino, Katja Lange-Müller, Ulrich Peltzer, Ingo Schulze, Antje Rávic Strubel, Jenny Erpenbeck, Ernst-Wilhelm Händler, Judith Hermann, Daniel Kehlmann, Sibylle Lewitscharoff, Terésia Mora, Kathrin Röggia, Frank Schätzing, Fatah Sherko, Peter Stamm, Thomas von Steinaecker, Markus Wener e Feridun Zaimoglu.

Rebeldia

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Centro Ángel Rama – Seminário Roberto Schwarz

28 maio, 2008 | Por admin

Divulgação do Seminário Roberto Schwarz:

“Solicito ampla divulgação (a alunos, professores, funcionários, imprensa, portal, etc.) dos eventos anexados a esta mensagem. São atividades promovidas pelo Centro Ángel Rama (FFLCH-USP), todas gratuitas. Agradeço antecipadamente.
Marlene Petros Angelides
Secretária do Centro Ángel Rama”

Seminário Roberto Schwarz 

Programação:

10, 11 e 12 de junho, das 14 às 17h

Prédio de Letras, Sala 201

10/6O avesso do atraso. Maria Elisa Cevasco (DLM-FFLCH)

Obs.: O texto O avesso do atraso: notas sobre Roberto Schwarz está disponível na pasta 360 do xerox para leitura dos interessados.

11/6 – Mesa Redonda: Duas Meninas
André Bueno (UFRJ) e Edu Teruki Otsuka (FFLCH-DTLLC)
Mediação: Maria Elisa Cevasco (FFLCH-DLM)

Obs. Os interessados deverão ter lido Duas Meninas, de Roberto Schwarz, que está disponível na pasta 360 do xerox.

12/6Roberto Schwarz e a cultura política brasileira
Francisco Alambert (FFLCH-DH)

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Palestra “Geração Berlim: a nova literatura alemã”

28 maio, 2008 | Por admin

Palestra “Geração Berlim: a nova literatura alemã”

Segue a descrição da palestra retirada do site do Goethe Institut de São Paulo:

“A Alemanha foi, durante muito tempo, uma “história do pós-Guerra”. A Reunificação Alemã, as gerações do pós-Guerra protagonistas do cenário político e social, a integração européia, a responsabilidade pela política internacional e a internacionalização da cultura alemã representam agora novos horizontes para o país. Isto se traduz também na literatura alemã atual.

Uma nova geração surge. O contínuo olhar sobre si e o perfil intelectual conhecidamente difícil e denso da literatura alemã cedem lugar a novas perspectivas: jovens autores fazem sucesso, principalmente as mulheres; bem-sucedidos são os autores de procedência não-alemã e, igualmente, assuntos não-alemães de atualidade global. Com estilo cativante, a geração Berlim tem tratado de assuntos atraentes e obtido sucesso de crítica, público e respaldo internacional.

Nesta palestra, Maike Albath apresenta o panorama atual da literatura alemã, fala sobre as tendências, assuntos e autores mais importantes, analisa o motivo do sucesso internacional e conversa com Augusto Massi, editor-executivo da Cosacnaify e Maria Emília Bender, diretora editorial da Cia das Letras.”

 

Dia 28 de maio, quarta-feira, às 19h
Entrada franca

Goethe-Institut São Paulo
Rua Lisboa, 974 – Pinheiros
Tel. 11 3296-7000

Realização:
Goethe-Institut São Paulo
Kulturfest – Estação Alemã 2007/08

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O Centenário de Claude Levi-Strauss

25 maio, 2008 | Por admin

Em comemoração ao centernário do antropólogo francês Claude Levi-Strauss, a agência de fotografias de arte Scala – Scala Istituto Fotografico Editoriale – disponibilizou 200 imagens representando Levi-Strauss e seu trabalho. Segundo a agência, essa iniciativa marca a publicação dos escritos do antropólogo da Bibliothèque de la Pléiade, a prestigiosa coleção de livros da editora francesa Gallimard, e também para celebrar os 100 anos de Levi-Strauss a serem completados no dia 28 de novembro deste ano. Clique aqui para acessar o arquivo.

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Artes Plásticas

Poderá haver fotografia abstrata? Geraldo de Barros

22 maio, 2008 | Por admin

Artigo extraído de Letras e Artes, Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1952.

Poderá haver fotografia abstrata?
Sim – responde o jovem artista brasileiro Geraldo de Barros, em entrevista concedidada a “Letras e Artes”.

Paris – julho (Via Scandinavian Airlines) – Geraldo de Barros pode reivindicar a honra de ser um dos pioneiros a fotografia como arte, pois que, atualmente, não há no mundo vinte fotógrafos que tenham enveredado elo mesmo caminho que êle, ou ao menos, dividem dessa possibilidade. Há um ano e meio, em São Paulo, uma exposição ali realizada, Geraldo de Barros revelou que a fotografia poderia ser uma arte tão desinteressada, tão independente da realidade quanto a pintura e a escultura. Utilizada até aqui como documentação, como cópia, irá ela de agora em diante, conhecer dias de glória e de verdade intrínseca. A bem dizer, as fotografias abstratas que Geraldo de Barros expôs chocaram uma parte do público – estava convencionado que a fotografia, devendo reproduzir fielmente a relidade, havia por isso mesmo prestado à pintura o serviço de libertá-la dessa tarefa assoberbante, dando-lhe as asas que lhe faltavam. E eis que por sua vez a fotografia, pela arte de Geraldo de Barros, quer também ganhar impulso e voar.
Eis a indústria, as molas de uma máquina se revoltando contra sua sorte e se declarando arte.

Geraldo de Barros expertimentava, no entanto, a necessidade de vir à Europa sentir o perfume de Piero de la Francesca, de Giotto, de Masaccio, de Cezanne, de Klee. Embarcou com sua máquina a tiracolo, e durante um ano vem percorrendo todos os países da Europa e todos os museus de Amsterdam, de Londres, da Baviera, de Madrid, de Florença e de Paris. No entanto, êsse estranho rapaz alto, tímido e meio selvagem, recusou-se a ir procurar os mestres vivos e falar-lhes. Ao contrário de todos os artistas que vêm respirar o ar europeu, Geraldo de Barros tem vivido só, esquivando-se aos convívios mundanos, não se interessando ela côr dos cabelos de Picasso, nem pelo acento estrangeiro de Marc Chagall.

Foram-me necessários três dias de luta para forçá-lo a visitar o seu patrício Cícero Dias, e durante a visita manteve-se êle mais ou menos silencioso.

No momento, Geraldo de Barros preparava-se para retornar ao Brasil, cada vez mais firma na sua vocação, no seu gosto artístico e vibrando ainda pela contemplação de vinte séculos de arte européia. Com êle, o Brasil participa das descobertas mais belas e mais revolucionárias da arte da fotografia, o divórcio com a realidade.

Num pequeno hotel parisiense de Saint-Germain des Prés encontrei Geraldo de Barros reclamando contra o clima parisiense, a cabeça coberta por uma boina basca. Percorremos a longa série de suas composições fotográficas, que nos levam, sucessivamente, através de uma fase realista, uma fase supra-realista, e afinal, a uma fase mais ou menos abstrata.

(A continuação deste artigo, que é a entrevista feita por Louis Wiznitzer, será publicado em breve; provavelmente na semana que vem)

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poesia

Poemas religiosos e alguns libertinos – Manuel Bandeira

21 maio, 2008 | Por admin

Balada de Santa Maria Egipcíaca

Santa Maria Egipcíaca seguia
Em peregrinação à terra do Senhor.

Caía o crepúsculo, e era como um triste sorriso de mártir…

Santa Maria Egipcíaca chegou
À beira de um grande rio.
Era tão longe a outra margem!
E estava junto à ribanceira,
Num barco,
Um homem de olhar duro.

Santa Maria Egipcíaca rogou:
– Leva-me à outra parte do rio.
Não tenho dinheiro. O Senhor te abençoe.

O homem duro fitou-a sem dó.

Caía o crepúsculo, e era como um triste sorriso de mártir…

– Não tenho dinheiro. O Senhor te abençoe.
Leve-me à outra parte.

O homem duro escarneceu: – Não tens dinheiro,
Mulher, mas tens teu corpo. Dá-me o teu corpo, e vou levar-te.
E fez um gesto. E a santa sorriu,
Na graça divina, ao gesto que ele fez.

Santa Maria Egipcíaca despiu
O manto, e entregou ao barqueiro
A santidade da sua nudez.

Poema extraído do livro Poemas religiosos e alguns libertinos, editado pela CosacNaify, organizado por Edson Nery da Fonseca e publicado em junhode 2007. Na livraria 30PorCento o livro sai de R$50.00 por R$35.00.

Telhado de uma casa em São João del Rei

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Profecia de um antropólogo francês (Durkheim)

21 maio, 2008 | Por admin

Emile Durkheim (1858 – 1917) é considerado um dos fundadores da antropologia fracesa, criador do famoso periódico “O ano antropológico” e das reflexões acerca da “consciência coletiva”. Em uma resenha de um livro alemão que tratava da “psicologia dos povos” e cuja tese central era a idéia de um futuro idêntico para toda a humanidade, Durkheim, em desacordo, escreveu:

“Nada nos autoriza a acreditar que os diferentes tipos de povos vão todos no mesmo sentido; alguns seguem caminhos muito diversos. O desenvolvimento humano deve ser ilustrado não sob a forma de uma linha em que as sociedades viriam se colocar umas depois das outras como se as mais avançadas não fossem senão a continuação e a sequência das mais rudimentares, mas como uma árvore com ramos múltiplos e divergentes. Nada nos diz que a civilização de amanhã será apenas o prolongamento da existente atualmente para uma mais elevada; talvez ao contrário, ela terá como agentes povos que nós julgamos inferiores como a China, por exemplo, e que lhe darão uma direção nova e inesperada.” (O Ano Sociológico, tomo XII, 1913, p. 60 – 61)

Este trecho foi extraído do interessantíssimo livro A noção de cultura nas ciências sociais, escrito pelo professor e pesquisador do Laboratório de Etnologia da Universidade de Paris V, Denys Cuche. Publicado e traduzido pela EDUSC.

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tradução

Dicionário de tradutores literários do Brasil

9 maio, 2008 | Por admin

Eis uma iniciativa muito interessante do Núcleo de Pesquisas em Literatura e Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que é um mapa dos tradutores literários no Brasil batizado como Ditra – Dicionário de tradutores literários do Brasil (clique aqui para ir direto à página oficial do dicionário). A partir de uma base extensa que é o Index Translationum, uma compilação da UNESCO da bibliografia internacional de traduções, criada em 1932, uma equipe de professores e alunos do “projeto integrado Tradução, Tradição e Inovação: o papel das traduções do alemão, espanhol, francês, italiano e latim no sistema literário brasileiro (1970-2005), do Grupo de Pesquisa Literatura Traduzida” catalogou “apenas uma fração dos milhares de tradutores existentes no país”. Abra o endereço de consulta aqui e divirta-se.

“Tradução é uma atividade que exige exatidão, pois caso contrário o pensamento se perde. Por existirem teses que são traduções, há uma maior importância, pois a tradução que parte da pessoa que a quer interpretar é sempre melhor, é como se a pessoa afinasse o seu instrumento, sem citar que surgem descobertas de algumas soluções de tradução que em vez de ser uma proeza intelectual de alguém se torna uma produção coletiva, colaborando, também, para a formação de uma linguagem e bibliografia filosófica brasileira”. (Rubens Rodrigues Torres Filho)

Canto III Indiferentes

Miquel Barceló – Infierno. Canto III.

Vestíbulo: Indiferentes

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Bibliografias

Bibliografia sobre Macunaíma*

6 maio, 2008 | Por admin

*Bibliografia elaborada pelos editores especialmente para a 2a edição de “O tupe e o alaúde” de Gilda de Mello e Souza, da Editora 34.

Segue abaixo uma riquíssima bibliografia sobre a célebre obra de Mário de Andrade, que completa 80 anos de publicação neste 2008 que prossegue. Qualquer acréscimo e/ou decréscimo à lista por favor escreva.

ANTELO, Raúl. “Macunaíma e a ficção de fronteira”, Arca: Revista Literária Anual, no 1, Florianópolis, Paraula, 1993.

___________. “Macunaíma: apropriação e originalidade”, in Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Edição Crítica de Telê Porto A. Lopez. Paris/São Paulo: Archivos/Unesco/CNPq, 1988.

___________. Na ilha de Marapatá: Mário de Andrade lê os hispano-americanos. São Paulo/Brasília: Hucitec/INL/Fundação Nacional Pró-Memória, 1986.

ARANTES, Urias. “Macunaíma ou o mito da nacionalidade”, Discurso, no 20, São Paulo, Departamento de Filosofia da USP, 1993.

AVILA, Afonso. “Macunaíma: tradição e atualidade”, Suplemento Literário de O Estado de São Paulo, no 346, 7/9/1963.

BASTIDE, Roger. “Macunaíma visto por um francês”, Revista do Arquivo Municipal, no 106, São Paulo, jan.-fev. 1946.

BERRIEL, Carlos Eduardo O. “A odisséia anti-industrialista”, Folha de São Paulo, São Paulo, 9/7/1978.

___________. “A Uiara enganosa, in Berriel (org.), Mário de Andrade/Hoje. São Paulo: Ensaio, 1990.

BOSI, Alfredo. “Situação de Macunaíma”, in Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Edição crítica de Telê Porto A. Lopez. Paris/São Paulo: Archivos/Unesco/CNPq, 1988. Republicado em Céu, inferno. São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2003, 2a edição.

CAMARGO, Maria Suzana. Macunaíma: ruptura e tradição. São Paulo: Massao Ohno/João Farkas, 1977.

CAMPOS, Haroldo de. Morfologia do Macunaíma. São Paulo: Perspectiva, 1973.

CHAMIE, Mário. Intertexto: escrita rapsódica. São Paulo: Práxis, 1970.

___________. A transgressão do texto (Macunaíma: linguagem dialógica). São Paulo: Práxis, 1972.

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