Simulacros e simulação, do filósofo francês Jean Baudrillard é um tratado irônico sobre os símbolos que permeiam a compreensão contemporânea de realidade.
Ele parte da identificação do conceito do simulacro enquanto gerador de modelos de um real, cuja origem, porém, não encontra-se na realidade. As simulações e os simulacros não são apenas abstrações fictícias, mas representações da realidade, feitas a partir de vestígios imaginários desta mesma realidade, que criam um hiper-real. Partindo de uma reflexão sobre os sentidos da imagem, da fotografia à publicidade, Baudrillard chega à crítica da sociedade de consumo, constatando a perda da relação do sujeito com o objeto. O real, segundo ele, desapareceu, desintegrando todas as contradições à força de produção de signos equivalentes.
Baudrillard ao longo do livro desenvolve a noção de hiper-realidade, que, povoada por simulacros, toma o lugar da realidade. Trata-se de um diagnóstico de época, da demonstração de que, no mundo moderno e contemporâneo, as imagens tornaram-se paulatinamente tão repletas de conteúdo, que passaram de símbolos a coisas reais. Continue lendo