Algumas personagens da literatura ganham vida própria e acabam por ser mais comentadas do que propriamente lidas – consequentemente, conhecidas por características que nem sempre lhe pertencem tal e qual sua fama. Caso exemplar é Carmen. Assim que a cena se abre, pergunta-se: “Já ouviu falar de Carmencita?”. A bela cigana boêmia, de olhos oblíquos, personagem esquiva e movediça do texto do francês Prosper Mérimée, é mais famosa pela adaptação que o compositor Georges Bizet fez da novela para o libreto de sua mais conhecida ópera – e que deu origem, por sua vez, desde argumentos filosóficos, a adaptações para o cinema, por Chaplin, Godard, Carlos Saura, entre outros.
Esta edição de Carmen, lançada agora no Brasil pela editora 34, sob cuidadosa tradução de Samuel Titan Jr., traz, além, da obra prima de Mérimée, o conto “Mateo Falcone”. O volume também conta com um posfácio do tradutor, um ensaio criativo e inteligente. Continue lendo
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São três histórias eróticas, intrigantes narrativas de amor proibido: “Cartas portuguesas”, de Guilleragues, traz a história de uma freira seduzida por um oficial francês; em “O silfo”, de Crébillon, a heroína procura a solidão do campo para satisfazer suas fantasias eróticas; em “Por uma noite”, de Denon, uma adúltera leva um de seus amantes para sua câmara secreta dos prazeres na propriedade rural do marido.