
“As velas representam para mim o mundo mais sincero da vida. O mundo da sabedoria da obediência aos sinais da natureza”.
Desfazer-se de uma vida citadina para ser um cidadão cosmopolita de outra maneira: pelo mundo, a bordo de um veleiro.
Essa é uma decisão cada vez mais tomada ao redor do mundo. E comum, entre as pessoas que tomam essa decisão, é manter um diário, o famoso diário de bordo, que recebe aquilo que vai tornar-se lembrança como a promessa impressa de tornar possível seu resgate. O diário deste casal, em especial, que vive no veleiro Avoante, pode ser acompanhada semanalmente através da coluna que Nelson mantém no jornal Tribuna do Norte. Sua vida a bordo tornou-se, em suas mãos, material para crônicas semanais. Os textos partem de pequenos detalhes e curiosidades sobre a vida náutica e desembocam em reflexões gerais, numa fluente prosa serena.
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Escritos ao longo de trinta anos, de 1926 a 1956, ano da morte de Brecht, os textos aqui reunidos, são todos relacionados à personagem do sr. Keuner – uma figura inusitada, misto de filósofo, professor e homem de ação, considerado por muitos como um alter ego do autor, combina em doses iguais Karl e Groucho Marx, empregando a dialética e o humor para afinar sua ironia.





Boa publicação da Companhia das Letras – uma das poucas no Brasil que contempla o poeta, lançada pela primeira vez em 1986 e reeditada no ano passado –, esta edição bilíngue traz cinquenta dos principais poemas de W. H. Auden, traduzidos por José Paulo Paes e João Moura Jr. o livro é composto por textos escritos desde 1927, quando ele primeiro definiu publicamente suas posições estéticas no que ficou conhecido como “O Manifesto de Oxford Poetry”, até 1973, ano da morte do poeta. Selecionados por João Moura Jr., os textos procuram apresentar um panorama que abarque, conforme disse o organizador, “na medida do possível, as várias fases da obra poética de Auden, que foi um poeta prolífico”. A poesia de Auden partiu da experiência do modernismo, aproveitando a contribuição de Ezra Pound e T. S. Eliot, porém afastando-se do viés reacionário político expresso por ambos para expressar-se numa linguagem pessoal – que todavia não torna-se alheia às grandes questões de sua época. Além da tradução dos poemas, José Paulo Paes escreveu, para esta antologia, um estudo introdutório sobre a vida e sobre a poética do autor. O volume conta ainda com um interessante ensaio a respeito de Auden escrito pelo poeta russo Joseph Brodsky.

