Todo o trabalho de Leonilson (1957-1993) é profundamente poético.
Predominantemente autobiográfica, embora ainda uma espécie de crônica – a um só tempo delicada e mordaz – angustiosa da vida moderna, a obra do artista cearense ocupa um lugar muito particular na arte brasileira.
Ao definir a sua própria obra, o artista insistia que seu sentido original deveria restringir-se ao registro de sua vida privada: “O mundo exterior não existe. O que a gente procura está dentro de nós”, dizia. Cada uma de suas obras, assim, pode ser vista como um fragmento de um diário íntimo, a organizar, e mesmo traduzir, vivências de maneira pictórica e plástica.